Em uma ação judicial, o Cruzeiro foi condenado a pagar R$ 13 milhões ao zagueiro Léo, que defendeu a Raposa por mais de 11 anos, e, hoje, veste as cores da Chapecoense. De acordo com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 3ª Região, os valores são cobrados pelo não pagamento de salários e de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), somados a um acordo de rescisão de contrato que também foi descumprido pelo clube.
Segundo a Justiça, no processo, Léo citou a Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Cruzeiro e a associação, que são comandadas por Ronaldo Fenômeno e Sérgio Santos Rodrigues, respectivamente.
Apesar da menção ao clube-empresa, o juiz entendeu que a SAF celeste não é responsável pelos débitos neste momento, mas que poderá ser responsabilizada no futuro, “sendo facultado ao reclamante sua inclusão no polo passivo da demanda depois de decorrido o prazo de seis anos, de forma subsidiária, ou caso se verifique fraude em repasses dela ao 1º réu (associação), nessa hipótese deforma solidária, nos exatos termos da Lei nº 14.193/2021”, diz trecho da sentença.
Sobre os valores
Os R$ 13 milhões serão divididos nestes moldes:
– Atrasos salariais e verbas descritas no termo de acordo: R$ 9.644.694,57
– Quantia relativa ao não depósito do FGTS e indenização de 20% sobre o benefício: R$ 1.030.427,30 + R$ 313.965,14
– Descumprimento do acordo gerou multa de 20%: R$1.928.938,91
Cruzeiro pode recorrer
Como a decisão é de primeiro grau, o Cruzeiro pode recorrer à condenação. Além disso, o departamento jurídico da Raposa já conquistou o deferimento de Recuperação Judicial, o que autoriza a suspensão de ações que tramitam na Justiça e que, posteriormente, entram no plano de pagamento da associação.
FONTE: RÁDIO ITATIAIA