Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços de saúde de caráter aberto e comunitário voltados ao atendimento de pessoas com sofrimento psíquico comum ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras substâncias.
O Centro de Atenção Psicossocial de Itabira – (CAPS II) completa 30 anos no dia 27 de outubro, com uma tarde de atividades e interação com a comunidade: pacientes e convidados, em sua sede, no bairro Campestre.Uma história de êxitos, que começou há 30 anos, pioneira na assistência aos pacientes com transtornos mentais em Minas Gerais, que até 1992 eram atendidos e internados em hospitais psiquiátricos (manicômios) ou instituições filantrópicas beneficentes em todo o País. Hoje, os CAPS são instituições sólidas e respeitadas, e tratam os pacientes com transtornos mentais como qualquer outro paciente que tem um agravo e que merece atenção especial, atendimento humanizado e acolhedor.
Os Centros de Atenção Psicossocial – CAPS são serviços de saúde de caráter aberto e comunitário voltados ao atendimento de pessoas com sofrimento psíquico comum (sensações como ansiedade, tristeza e aromatizações que não chegam a configurar um transtorno mental) ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentesdo uso de álcool, crack e outras substâncias, que se encontram em situações de crise ou ou em processos de reabilitação psicossocial.
Nos estabelecimentos atuam equipes multiprofissionais, que empregam diferentes intervenções e estratégias de acolhimento, como psicoterapia, atendimento psiquiátrico, terapia ocupacional, oficinas terapêuticas, medicação assistida, atendimentos familiares e domiciliares, encaminhamentos para internação de pacientes em leitos retaguardas do Sistema Único de Saúde (SUS), se necessário, entre outros.O CAPS II DE ITABIRAHá 30 anos um grupo de profissionais do serviço de Saúde Mental de Itabira, usuários e familiares engajados na luta antimanicomial, idealizaram a melhoria do atendimento ao paciente com transtorno mental no município, que pudesse ser amparado pelos serviços de saúde com mais conforto, com tratamento mais humano, inclusivo, adequado, apropriado e em liberdade, bem como, o acolhimento de suas famílias, explica Jacira Helena da Silva, diretora de Saúde Mental, enfermeira e servidora municipal efetiva com 16 anos de atuação.
“O CAPS surgiu como uma proposta nova de tratamento aos pacientes com transtornos mentais , o segundo em Minas Gerais. No início o Centro funcionou no ambulatório da Policlinicae depois em uma casa alugada no bairro Pará. Hoje a sede do CAPS Adulto está em prédio próprio doado pela Vale e temos outros locais de acolhimento, o CAPS – Infantojuvenil inaugurado em 2006, o CAPS AD- Álcool e Drogas iniciado em 2017, o Centro de Convivência- InterAgir em funcionamento a partir de fevereiro de 2020, além de 6 leitos de retaguarda para os pacientes em crise no Hospital Nossa Senhora das Dores. Surge agora uma nova proposta – a de instalação do CAPS III -,serviço que funcionará em regime de 24 horas para acolher os pacientes em tempo integral.”, explicou Jacira Silva.
“É importante lembrar que a proposta do CAPS foi construída por muitas mãos, partiu do desejo dos usuários e de uma equipe multiprofissional muito comprometida da qual faziam parte os psicólogos Marcelo Amorim do Amaral Castro e Lúcio Vaz Sampaio, o psiquiatra Vinícius Braga Martins da Costa e o técnico de enfermagem, Mário de Lourdes Macêdo. A vontade de dar melhor qualidade de tratamento aos usuários do serviço de saúde mental , em liberdade e no seu município, fez com que o CAPS se tornasse a referência que é hoje. “ Manicômio nunca mais” disse Jacira Silva, que avaliou positivamente a necessidade de continuidade do Centro de Atenção Psicossocial, com novas propostas e iniciativas de inclusão social, e apoio da comunidade. Jacira também agradeceu e parabenizou a equipe e todos os colaboradores do CAPS. “Todos são sempre dedicados e muito empenhados em manter o CAPS funcionando, sem eles nada seria possível”, ressaltou.