O ex-presidente do Cruzeiro, César Masci, que dirigiu o clube entre 1991 e 1994, passa por graves problemas de saúde. Com 85 anos, ele necessita de ajuda. Atualmente sob cuidados de uma filha e do neto — Juliana e Gustavo Masci –, o responsável por lançar e vender Ronaldo Fenômeno pede doações para comprar, dentre outras coisas, uma cama adaptada.
O ex-dirigente celeste, responsável por acompanhar o início e o fim da trajetória de Ronaldo Fenômeno na Toca da Raposa, quando o ex-camisa 9 foi vendido ao futebol holandês, sofre com demência, Alzheimer, diabetes e problemas cardíacos.
“Desde março de 2020, o início da pandemia, que ele está conosco. Ele morava no bairro Floresta, em um apartamento. Ele foi sempre ativo, mas depois da pandemia a situação psicológica e física dele foi se degradando. Ele se encontrava em uma situação muito precária, a ponto de viver de banana e leite. A gente viu ele nessa situação e, desde então, trouxemos ele para morar conosco na região da Pampulha. Tem sido um grande desafio, porque ele é acamado”, contou Gustavo Masci, de 20 anos, em entrevista à Itatiaia.
De acordo com o neto de César Masci, o ex-presidente do Cruzeiro precisa de ajuda, já que o dinheiro da aposentadoria não é capaz de garantir 100% dos cuidados necessários.
“Levantá-lo, trocá-lo, dar café, almoço, dar banho. Ele tem um salário, uma aposentadoria que a gente consegue comprar remédios, fraldas e alimentos. Só que acaba sendo complicado, porque ele precisa de mais. Não somos enfermeiros e ele precisa mesmo de uma pessoa para ficar com ele, mas a aposentadoria dele não comporta isso. Os amigos do Cruzeiro fizeram uma vaquinha para poder comprar uma cama de hospital que ele realmente está precisando. Ele até tem uma hoje, emprestada, mas que não tem regulagem de altura, essas coisas, que facilitariam a locomoção dele. Ele não consegue andar, nada, ele é 100% dependente. Ele precisa de uma cuidadora e fisioterapia. São coisas que a gente não consegue arcar com a aposentadoria dele. Nossa renda toda fica por conta disso”, revelou.
Uma campanha de arrecadação de doações (vaquinha virtual) foi lançada na internet para que recursos possam ser angariados, no intuito de ajudar no custeio dos remédios necessários para César Masci.
No site “Vakinha” os familiares tentam arrecadar R$ 10 mil para ajudar nos cuidados de César Masci. Além disso, alguns conselheiros do clube arrecadaram cerca de R$ 6 mil.
“As pessoas que sempre tiveram contato com ele sabem que apesar do pavio curto de italiano raiz que ele tem, ele sempre foi uma pessoa muito boa, com o coração muito grande, ajudando todos que precisavam, mesmo não podendo. César Masci realmente merece o melhor, principalmente nesse fim de vida, por isso estamos correndo atrás de dar uma dignidade maior pra ele, ex-presidente do Cruzeiro”, finaliza Gustavo.
César Masci foi o presidente que realizou, na ocasião, a maior venda da história do futebol nacional, quando negociou Ronaldo com o PSV Eindhoven. Em 1994, Masci fechou o negócio em 6 milhões de dólares (líquidos), apertado pela pressão dos empresários do jogador e do mercado.
“Não tínhamos mais como segurar o negócio”, afirmou Masci à época.
Fonte: Rádio Itatiaia