Ela tem Pelé como maior representante, mas pode ser mais marcante na história argentina nas Copas do Mundo do que na brasileira. A camisa 10 é o foco da decisão entre Argentina e França, neste domingo (18), às 12h (de Brasília), no Lusail Stadium, e se Messi levar a melhor sobre Mbappé, o número será a marca do tri albiceleste.
Em 1978, jogando em casa, os argentinos conquistaram a taça tendo Mário Kempes, camisa 10 do time de César Luiz Menotti, como o primeiro jogador na história de uma Copa a ser campeão, artilheiro isolado do torneio (ele marcou 6 gols) e melhor jogador da competição.
Depois de oito anos, Maradona teve uma das maiores atuações individuais de um jogador numa Copa do Mundo. Comandou a Argentina rumo ao bicampeonato no México sendo o craque do torneio.
Agora, Messi pode colocar seu nome nessa história argentina. E com as mesmas marcas de Kempes, lá em 1978. Se for campeão, o camisa 10 argentino será o melhor jogador da Copa do Catar. E ele tem chance também de ser o artilheiro isolado da competição.
Neste momento, Messi e Mbappé dividem a artilharia do Mundial 2022 com cinco gols, cada, sendo seguidos de perto pelos companheiros Julián Álvares (Argentina) e Giroud (França), que balançaram a rede quatro vezes, cada.
Brasil
Na Copa de 1958, Pelé transformou a camisa 10 num sinônimo seu e numa marca eterna da Seleção Brasileira. Com seis gols em quatro jogos, o então garoto de 17 anos foi o grande nome da competição e da Seleção.
Quatro anos depois, ele foi ao Chile já como o maior jogador do futebol mundial. Mas participou apenas da primeira partida de forma integral, um 2 a 0 sobre o México que foi fechado com um gol dele. Diante da Tchecoslováquia, na segunda rodada da fase de grupos, Pelé sofreu uma lesão muscular e não atuou mais no torneio.
E o grande nome da Seleção Brasileira e da Copa do Chile foi o camisa 7 Garrincha, que com os quatro gols marcados foi um dos seis artilheiros da competição.
No tri, em 1970, no México, Pelé teve sua maior sequência em Copas, disputando os seis jogos. Foram quatro os gols marcados, marca bem distante do artilheiro Gerd Müller, que fez dez, mas o camisa 10 do Brasil foi o craque daquele Mundial.
Centroavantes
As duas últimas conquistas da Seleção Brasileira tiveram centroavantes como os destaques. Em 1994, o tetra teve Romário, que usava a camisa 11, como o craque da competição.
Oito anos depois, na Coreia do Sul e Japão, o goleiro alemão Kahn foi escolhido pela Fifa, antes da final, onde ele falhou no primeiro dos dois gols de Ronaldo, o melhor jogador, da Copa 2022. Mas este posto, de fato, é do Fenômeno, o camisa 9 da Seleção, que foi ainda o goleador isolado do torneio, com oito gols.
Podendo chegar ao tri sempre comandado pelo seu camisa 10, a Argentina tem a chance de fazer do número uma marca mais sua que brasileira na história das conquistas da Copa do Mundo.
Fonte: Rádio Itatiaia