Veja como ajudar; 117 cidades estão em situação de emergência.
O período chuvoso, que tem provocado danos e perdas em Minas nas últimas semanas, tende a se intensificar nos próximos dias, conforme dados meteorológicos. Desta forma, a Cruz Vermelha Brasileira, filial de Minas Gerais, e o Serviço Social Autônomo (Servas), com apoio do Governo do Estado, do Ministério Público e da Defesa Civil, reforçam a campanha humanitária SOS Chuvas 2023.
Para este ano, as instituições prepararam novidades com o objetivo de facilitar tanto para os doadores, quanto para a população que precisa de ajuda. Uma delas é a doação via pix, que pode ser feita por pessoas físicas e jurídicas. A chave é o e-mail [email protected]. Além disso, a página da Cruz Vermelha na internet também disponibiliza um código para ser lido pela câmera do celular.
Outra novidade importante é que foram criados e serão distribuídos dois tipos de cartões, um de alimentação e outro de construção, que serão entregues conforme a necessidade de cada família.
De acordo com informações obtidas junto à Cruz Vermelha, o cartão construção será entregue para famílias que comprovarem danos estruturais em suas residências. Já o cartão de alimentação vai facilitar para que as pessoas possam ir a mercados locais e comprar exatamente aquilo que estiverem precisando.
Autonomia
De acordo com a instituição, além dessa facilidade, os cartões vão dar dignidade e autonomia para as pessoas e ainda vão ajudar a fomentar a economia dos municípios que possam ficar prejudicados durante o período de chuvas intensas.
Com os cartões a logística também é otimizada, já que a necessidade de transporte, muitas vezes por estradas que podem estar interditadas pelas fortes chuvas, diminui.
Ainda conforme a Cruz Vermelha, ano passado foram distribuídos 5 mil cartões, que atenderam cerca de 25 mil pessoas. A expectativa agora é de triplicar este número, a depender das doações efetuadas.
Defesa Civil
A Defesa Civil também trabalha para minimizar os efeitos das chuvas. Até esta sexta-feira (30/12) já haviam sido registrados 14 óbitos, conforme último boletim da Defesa Civil. Desde 21/9, já são 1.564 desabrigados (pessoas que necessitam de abrigo público, como habitação temporária, em função de danos ou ameaça de danos em seus domicílios).
Já os desalojados (pessoas que, em decorrência dos efeitos diretos do desastre, desocuparam seus domicílios, mas que se deslocam para casa de parentes ou amigos) são 7.414.
Ao todo, 117 municípios estão em situação de emergência, mas nenhum decretou estado de calamidade pública.
Doações
Até a última quarta-feira (28/12), a Defesa Civil já havia arrecadado 2.930 cestas básicas, 842 colchões, 930 kits dormitório (fronha, travesseiro e cobertor de casal), 1.618 kits de higiene (sabonete, papel higiênico, absorvente, creme dental e escova de dentes) e 3.109 itens avulsos como água sanitária, vestuário, água mineral, álcool em gel, lonas, kits de limpeza, itens alimentícios e fraldas, entre outros.