O inquérito que investiga os crimes cometidos por manifestantes bolsonaristas em Belo Horizonte contra jornalistas já identificou 12 pessoas. Elas são suspeitas de cometer, além das agressões aos profissionais de imprensa, associação criminosa, danos materiais, roubo e furto de equipamentos. Outras pessoas também estão sendo investigadas e podem ser incluídas nos quatro inquéritos em andamento.
As informações foram repassadas pela Polícia Civil em coletiva na manhã deste sábado (14). Parte do inquérito já está nas mãos da Justiça e medidas cautelares foram solicitadas. Outras informações não foram repassadas para não comprometer o andamento do caso.
“As investigações estão avançadas, já temos laudos, análises de imagens e estamos buscando identificaro maior número de autores, além dos que já foram incluídos. Até o momento, temos de 10 a 12 com autoria definida e a conduta individualizada”, contou a delegada Cinara da Rocha e Santos Lima, responsável pelas investigações.
Os policiais estão usando imagens divulgadas nas redes sociais e por outros meios. Elas são essenciais na identificação dos suspeitos. Segundo o delegado Joaquim Francisco, superintendente da Polícia Civil em Minas, a ideia é identificar todos os suspeitos que estavam presentes no ato.
“Nós já estamos com o resultado parcial e também com interação com o Ministério Público e a Polícia Federal. Em menos de 10 dias encerramos parcialmente os resultados. O trabalho continua e vamos fazer desdobramentos em campo. Não compactuamos com o abuso de direito e ataques à imprensa. Estamos garantindo nossa dedicação e apuração de várlos elementos que estão adiantados e serão confirmaods”, explicou o superintendente.
A PC informou que ainda não há prazo para conclusão dos inquéritos, mas de acordo com os responsaveis pela investigação, novidades pocerão ser divulgadas em breve. Na última semana, varlas testemunhas, vitimas e investigados foram ouvidos.
Casos de agressão
Em 5 de janeiro, um fotógrafo do Hoje em Dia foi agredido enquanto capturava imagens do acampamento bolsonarista em frente ao Comando da 4° Região Militar, na avenida Raja Gabáglia, região Oeste de BH.
Um grupo de manifestantes antidemocráticos cercou o profissional de 60 anos, que foi agredido e teve parte do equipamento roubado.
No dia seguinte (6), durante a desocupação do mesmo acampamento por parte da Prefeitura. outros jornalistas foram agredidos enquanto realizavam a cobertura da ação. Um deles teve parte do equipamento destruído.
*Por Portal Hoje em Dia