Dois homens morreram durante a aplicação do Teste de Aptidão Física (TAF) do concurso para a Polícia Penal de Minas Gerais na última semana. Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), um óbito ocorreu na terça-feira (10) e o outro, na quinta-feira (12).
As duas vítimas foram identificadas como sendo Samuel Douglas Pereira de Carvalho e Paulo Roberto Freitas. Eles apresentaram mal súbito após a realização da corrida de resistência e receberam os primeiros atendimentos, ainda no local, da equipe médica que acompanha todos os testes.
De acordo com a Sejusp, os dois foram levados do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR) de Lagoa Santa, na Grande BH, onde foram realizadas as avaliações, para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Vespasiano, na mesma região. Os dois candidatos chegaram ao local com vida, mas o quadro de saúde se agravou e, infelizmente, vieram a óbito. Um deles chegou a ser transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal Célio de Castro.
A Secretaria informou ainda que os dois candidatos apresentaram laudo médico comprovando estarem aptos para a realização do exame de aptidão física.
O diretor do Sindicato dos Policiais Penais no Estado de Minas Gerais (Sindppen-MG), Magno Soares, confirmou as mortes e disse que a instituição vai acompanhar os desdobramentos para saber se existem possíveis culpados.
Adiamento na Justiça
Em novembro do ano passado, 73 candidatos entraram na Justiça pedindo a anulação do TAF do concurso da Polícia Penal declarando que alguns dos avaliadores teriam treinado individualmente alguns dos participantes.
O pedido foi aceito pela juíza Janete Gomes Moreira, da 4ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte. Mais de cinco mil candidatos foram afetados.
Na liminar, a juíza informou que não houve isonomia entre os participantes. A não liberação das imagens por parte da banca examinadora também foi essencial para que a juíza pedisse a anulação do teste.
Em conversa com a reportagem do Hoje em Dia, o diretor do Sindppen, Magno Soares, questionou essa decisão. “Por que fazer um novo teste em vez de repetir apenas para os que entraram na Justiça? Foram cinco mil pessoas afetadas, alguns tiveram problemas e não puderam realizar o novo exame. Caíram de moto, tiveram fraturas, lesões ou estão em outro momento físico. Não conseguimos entender o porquê de refazer esse teste”, disse.
Reações às mortes
Nas redes sociais, diversos usuários reclamaram da forma como as mortes ocorreram
*Por Portal Hoje em Dia