Em julgamento realizado nesta terça-feira (31), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu manter o Ipatinga na elite do Campeonato Mineiro. Por 6 votos a 3, clube e dirigentes foram absolvidos no julgamento.
André Sica, advogado contratado pelo Betim para defender o clube no recurso, alegou que não poderia defender o caso por um conflito de interesse. O escritório dele também é contratado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que se tornou parte interessada no processo.
A defesa gostaria que o julgamento fosse marcado para outra data, o que não aconteceu. O relator mudou a ordem dos casos que foram julgados na sessão desta terça-feira (31) e deixou o processo entre Ipatinga e Betim por último.
Relembre o caso Betim x Ipatinga:
O STJD, por meio de uma medida inominada, suspendeu o início do Campeonato Mineiro por um imbróglio envolvendo o Betim e o Ipatinga. O time da Região Metropolitana de Belo Horizonte alegou que o time do Vale do Aço teria falsificado documentos na inscrição de atletas para o Módulo II do Campeonato Mineiro, no ano passado.
O Betim denunciou o caso ao Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais (TJD-MG), que no fim de 2022, decidiu que o caso deveria ser analisado pela Câmara Nacional de Resoluções e Disputas (CNRD), o que foi contestado pelo Betim, no STJD.
A partir dessa contestação, o STJD suspendeu o Campeonato Mineiro até que o tribunal estadual analisasse mais uma vez o caso. No dia 16 de janeiro, menos de uma semana antes do início do Estadual, o TJD-MG decidiu manter o Ipatinga no torneio, multar o clube e punir o presidente Nicanor Pires com 540 dias de suspensão.
Insatisfeito com a decisão, o Betim recorreu ao STJD, última instância da Justiça Desportiva, mas também não conseguiu a vaga no Campeonato Mineiro.
*Da Redação Itatiaia