Membro do órgão colegiado que faz parte da atual gestão do Atlético, Rafael Menin listou três motivos para explicar o salto de R$ 420 milhões para cerca de R$ 1 bilhão nos custos da Arena MRV. Ele explicou que a melhoria em relação ao projeto inicial, a demora no licenciamento da obra, e as contrapartidas determinadas pela prefeitura de Belo Horizonte foram os fatores que aumentaram o custo em quase R$ 600 milhões.
O planejamento com os valores iniciais foram apresentados ao Conselho do clube em 2017. O primeiro evento inauguração da nova casa do Galo está marcada para o dia 25 de março de 2023.
Em relação às melhorias do projeto inicial da Arena MRV, o gestor destacou a ampliação da capacidade de público de 41 para 46 mil lugares, além da adoção de um pacote tecnológico mais sofisticado.
“A gente modificou por completo o pacote de tecnologia. Ficou muito mais robusto. Só o pacote de tecnologia custou 100 milhões a mais. É muito dinheiro para um clube como o Atlético, mas entendemos que não dava para reformar uma casa nova. A gente deveria fazer um esforço para fazer o estádio do Galo como o mais moderno da América Latina. Mudanças arquitetônicas e tecnológicas foram feitas”, disse em entrevista ao Canal Bica Galo.
A mudança proposital no projeto, para assegurar que a Arena MRV será o estádio mais moderno da América Latina, foi responsável por cerca R$ 200 milhões de aumento nos custos.
De acordo com Rafael Menin, as contrapartidas determinadas pela prefeitura de Belo Horizonte vão custar aproximadamente R$ 230 milhões. O restante do aumento do orçamento se deu pela demora na aprovação do licenciamento da obra e aumento do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) no período.
Segundo o gestor, essas duas questões fizeram com que os custos da obra saltassem para R$ 1 bilhão. Ele esperava que houvesse mais facilidade com os órgãos públicos, levando em consideração a relevância da obra.
“Tivemos também uma surpresa com as famosas contrapartidas viárias, meio ambiente, escolas. São mais ou menos 100 itens no licenciamento. Isso vai ter um custo final de aproximadamente R$ 230 milhões. Quando a gente computa a melhoria do projeto, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) do período e as contrapartidas, a Arena MRV vai para quase R$ 1 bilhão.
“A gente pode dizer que esse salto de R% 600 e poucos milhões para R$ 1 bilhão, se deu pelo atraso no licenciamento e também por uma contrapartida, que quando comparada com outros projetos parecidos, foi muito maior”, finalizou.
*Da Redação Itatiaia