Por meio das Regionais de Saúde, os imunobiológicos são direcionados aos municípios mineiros.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais distribuiu, até o momento, aproximadamente 1 milhão de doses da vacina bivalente contra a covid-19. Esse foi o quantitativo enviado pelo Ministério da Saúde (MS), desde 15/2, com repasse imediato a todas as Unidades Regionais de Saúde, incluindo o município de Belo Horizonte. A SES-MG aguarda novas informações por parte do órgão federal sobre as próximas remessas e quantitativos que serão disponibilizados para Minas Gerais.
“Nós dependemos da chegada dos lotes. Nos próximos dias devem chegar novas remessas do governo federal e, assim que recebermos, nós vamos enviá-las às Regionais para que cheguem aos municípios”, afirma o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, o médico Fábio Baccheretti.
“Então teremos esse reforço anual, com a vacina bivalente, com público acima de 60 anos, trabalhadores da saúde, quilombolas, indígenas, gestantes e puérperas, pessoas privadas de liberdade e moradores de instituições de longa permanência e imunossuprimidos. Nós acreditamos que até o final do mês de março, com todas as doses disponíveis, a gente consiga disponibilizar para os municípios um quantitativo suficiente para vacinar todo esse público-alvo”, completa o secretário.
Ao todo, o público das cinco fases para aplicação da vacina bivalente é de aproximadamente seis milhões de pessoas. Baccheretti esclarece que dentro desse recorte populacional há alguns segmentos com maior vulnerabilidade. “É o caso das pessoas maiores de 80 anos, depois aqueles com idade acima de 70 anos”, diz.
A aquisição de doses é feita pelo Ministério da Saúde, que as repassa às secretarias estaduais, responsáveis pela distribuição, de forma subsequente, aos municípios. O envio às Regionais de Saúde para distribuição aos entes municipais ocorre conforme os critérios do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Baccheretti também relembra que tão importante quanto a busca pela vacina bivalente é a atualização do cartão de vacina. “A vacina bivalente é muito importante, por ser atualizada, mas a monovalente também tem o seu papel. Então aqueles que não tomaram a terceira ou a quarta dose não têm que esperar. A pessoa deve ir ao posto de saúde. Quem tem menos de 40 anos deve ter o registro de três doses e os maiores de quarenta têm que ter quatro doses de vacina”, afirma.
A SES-MG conta com estrutura e capacidade para distribuir as doses aos municípios tão logo novas remessas sejam entregues pelo Ministério da Saúde. As doses são disponibilizadas em remessas que viabilizem o armazenamento dos imunizantes de forma segura e dentro dos critérios estabelecidos. A esfera municipal realiza a coordenação e a execução das ações de vacinação, sendo responsável pela operacionalização da vacinação nos seus territórios.
Fases
As fases previstas para a vacinação bivalente, conforme o PNI são:
Fase 1: pessoas com 70 anos ou mais; pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILP) a partir de 12 anos e os trabalhadores dessas instituições a partir de 12 anos de idade; imunocomprometidos a partir de 12 anos; pessoas das comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas a partir de 12 anos.
Fase 2: pessoas de 60 a 69 anos de idade.
Fase 3: gestantes e puérperas.
Fase 4: trabalhadores da saúde.
Fase 5: pessoas com deficiência permanente; população privada de liberdade (a partir de 18 anos); adolescentes cumprindo medidas socioeducativas (menores de 18 anos); funcionários do sistema de privação de liberdade.