Proposta foi apresentada pelo secretário de Planejamento e Gestão em exercício, Gabriel Quintão, durante participação na Câmara de Vereadores
A população de Itabira terá papel de protagonista nos rumos da cidade. A gestão municipal anunciou, nesta segunda-feira (13/03), que adotará o orçamento participativo. A proposta inclui a realização de assembleias pelos bairros para escutar dos cidadãos quais as demandas eles consideram prioritárias para estarem no orçamento do ano que vem.
O projeto foi apresentado pelo secretário municipal de Planejamento e Gestão em exercício, Gabriel Quintão, durante prestação de contas na Câmara de Vereadores. Ele explicou que a proposta está em fase de concepção e que a estimativa é de que, em até 60 dias, as assembleias pelos bairros já tenham início. “Vamos colocar a população no orçamento, literalmente. Nós sabemos que as demandas são muitas e os recursos são finitos, então, ninguém melhor que o próprio cidadão para definir quais são as principais necessidades”, comentou o secretário.
Desde o início de 2021, a atual gestão já tem adotado estratégias para tornar a população mais participativa dentro das decisões administrativas. Isso pode ser visto em programas como o Governo nos Bairros, o Governo Rural, a ampliação dos canais de ouvidoria, o fortalecimento das associações comunitárias e dos conselhos, incluindo a concepção da Casa da Cidadania, já em reforma. Segundo explicou Quintão, a nova proposta não inviabiliza as medidas adotadas até aqui.
“Quando a gente fala do Governo dos Bairros, por exemplo, nós estamos falando do presente. De demandas que a população apresenta e que, muitas vezes, nós temos condições de atender em um curto espaço de tempo, como tem sido feito nas edições que nós já realizamos. O orçamento participativo trata do futuro, daquelas ações que requerem mais planejamento, um tempo maior de execução e que demandam mais investimentos. São ações complementares”, concluiu o secretário.
Detalhes como o percentual orçamentário dedicado à participação popular, formas de regulamentação e cronograma estão sendo fechados pela Seplag. De acordo com o prefeito Marco Antônio Lage, todo o projeto é pensado para garantir o máximo de participação.
“É uma das premissas da nossa gestão: escutar, dialogar, debater e trocar ideias. Desde o início, a nossa proposta é trabalhar nos bairros, levar investimento aonde antes nunca chegava. Temos feito isso, mas entendemos que a população tem amplo conhecimento de causa para apresentar alternativas e nos ajudar nessa construção, seja na área urbana ou na rural. Vamos aproveitar esse ‘lugar de fala’ e seguir com essa construção coletiva”, finalizou o prefeito.