Presidente do América Sociedade Anônima do Futebol (SAF), Marcus Salum defendeu o lateral-direito Marcinho, anunciado como novo reforço do clube alviverde na tarde desta quinta-feira (6/4). O defensor, de 26 anos, foi denunciado por homicídio de duas pessoas no Rio de Janeiro, em 2020.
“Sobre as reações (da torcida), temos que respeitar, mas o América tem uma opinião diferente. O atleta cometeu um ato, que está pagando. Ele recebeu seus processos. Foi um erro, e quem não errou na vida? Onde está a grande virtude? Em julgar sem ser juiz ou em dar a oportunidade para os jogadores jogarem aqui?”, questionou Salum.
“Todos erram na vida. Ele errou e está pagando por isso, e tem que pagar, sim, pelo que ele fez. Agora, nem por causa disso a vida dele acabou. Tem muita coisa pior por aí que não se paga. Errou e errou grave. Agora, o América buscou um atleta tecnicamente capaz, de comportamento exemplar e que pode nos atender. Parte da torcida não está satisfeita, mas precisamos de resultado”, completou o dirigente.
O caso
Em dezembro de 2020, quando ainda defendia o Botafogo, Marcinho provocou um acidente de carro que culminou na morte de um casal no Rio de Janeiro. O atleta fugiu do local sem prestar socorro e posteriormente assumiu que dirigia o veículo.
Marcinho foi denunciado por homicídio culposo, e meses depois, sua defesa pediu ao Ministério Público um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) para evitar o início do processo judicial. A medida é realizada antes da aceitação da denúncia e prevista em lei.
Situação atual
Marcinho foi contratado pelo Pafos FC, do Chipre, em junho de 2022. O jogador, no entanto, foi impedido pela Justiça de atuar fora do país. Em fevereiro deste ano, o atleta recebeu nova negativa para jogar no time do Oriente Médio.
Graças ao impedimento, Marcinho esteve no Bahia, por empréstimo, em 2022. O mesmo acontecerá no América. O jogador seguirá vinculado ao Pafos e chegará ao Coelho com contrato até o fim desta temporada.
*Da Redação Itatiaia