Assembleia atua para fomentar a recuperação e a ampliação da malha ferroviária no estado.
Parlamentares da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e representantes da Multimodal Caravelas (MTC) se reuniram, nesta quarta-feira (12/4/23), para discutirem a reconstrução de cerca de 500 quilômetros da Ferrovia Bahia-Minas. O projeto, que vai recuperar o trecho do modal ferroviário, será lançado em 29 deste mês, após permanecer 57 anos desativado.
O trajeto fará a ligação entre Caravelas, no Sul da Bahia, e Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha. Dos 500 km; 400 km estão situados em território mineiro. A estrada de ferro vai passar pelas mesmas cidades que a antiga ferrovia, criada em 1881. As adaptações serão feitas conforme os atuais traçados e planos diretores municipais, explica o diretor da empresa, Divino Passos. Segundo ele, os investimentos serão da ordem de R$ 12 bilhões e as obras terão início assim que concluídos os processos de licenciamento ambiental.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Tadeu Martins Leite (MDB), celebrou o anúncio e se comprometeu, juntamente aos demais parlamentares presentes, a mediar e cobrar as providências necessárias que cabem ao Executivo. Para ele, o empreendimento trará desenvolvimento econômico e social não só para a região como para todo o estado.
“Esse projeto é histórico”, afirmou o deputado Bosco (Cidadania). Segundo ele, a linha férrea vai impulsionar o escoamento da produção nas regiões Norte e Jequitinhonha, economias que contam, hoje, com a extração de lítio, elemento utilizado na fabricação de baterias elétricas. Ele ressaltou ainda que a recuperação do modal vai minimizar o tráfego nas rodovias, que se encontram em condições precárias e com uma frota de veículos já envelhecida.
Comissão Pró-ferrovias – Parlamentares lembraram que a reativação do modal ferroviário é, também, desdobramento do trabalho realizado pela Comissão Pró-ferrovias da ALMG, vigente na última legislatura, e presidida pelo ex-deputado João Leite, que também participou da reunião.
João Leite afirmou que 80% do leito do trem está preservado que, nesse sentido, apenas 20% do trajeto precisará passar pelo licenciamento ambiental: “Esse é apenas o começo da recuperação e expansão da malha ferroviária mineira”. Ele destacou ainda que o marco ferroviário, aprovado pela Assembleia de Minas, é exemplo para todo o país; e que o transporte de carga terá prioridade em um primeiro momento, mas que ainda será avaliada a implantação do transporte de passageiros.