Os vereadores da CPI do Abuso de Poder começam a investigar nesta semana denúncia sobre excessos nas exigências de contrapartidas para a construção da Arena MRV feitas pela Prefeitura de BH, durante a gestão do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD).
Nesta segunda-feira (29), a comissão aprovou dois requerimentos para intimar o arquiteto responsável pelo projeto do novo estádio do Galo, Bernardo Farkasvolgyi, e o CEO da Arena MRV, Bruno Muzzi, para prestar informações sobre as contrapartidas.
Farkasvolgyi deve prestar depoimento na Câmara Municipal de BH na quinta-feira, dia 1º de junho, e Muzzi teve oitiva agendada para dia 15 de junho.
O objetivo da CPI é investigar se houve tratamento diferenciado motivado por questões políticas do ex-prefeito Kalil, com cobranças acima do normal, para a construção do novo estádio do Atlético.
No ano passado, o clube se manifestou criticando as exigências feitas pela PBH e citou ‘valores exorbitantes’ e ‘desproporcionais’ em comparação com outras arenas esportivas construídas no país.
“As mais de 100 contrapartidas exigidas pela PBH para a construção da Arena MRV têm valores exorbitantes e completamente desproporcionais em relação a qualquer outra arena erguida no Brasil. Via de regra, projetos dessa envergadura, geradores de emprego e renda (notadamente no período de pandemia), recebem apoio e até incentivos do poder público. Não foi isso o que aconteceu aqui. Pelo contrário. Usou-se o empreendimento e seus apoiadores financeiros para que se resolvesse problemas históricos da região, como o de obras estruturantes viárias, que deveriam ter sido realizadas pelo poder executivo municipal”, disse o Atlético.
A reportagem da Itatiaia entrou em contato com a assessoria do ex-prefeito Kalil para comentar a denúncia que será investigada pela comissão na Câmara de BH, mas até a publicação desta reportagem não houve retorno.
*Da Redação Itatiaia