O Palácio do Planalto comemorou a articulação realizada pela base no Congresso Nacional que está na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) responsável pelas investigações dos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro.
Durante reunião do colegiado realizada nesta terça-feira (13), senadores e deputados de partidos ligados ao atual governo federal conseguiram barrar, por exemplo, a convocação do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias, que esteve à frente do órgão no início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Por outro lado, a base aprovou a convocação de nomes ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
A articulação realizada nesta terça foi considerada “um sucesso”, segundo interlocutores ligados ao Planalto. Ministros de Lula teriam dito ainda que o exemplo precisa ser seguido na articulação de outras pautas com o Congresso, em especial na Câmara dos Deputados.
A maneira como a base se movimentou nesta terça foi mais organizada do que na semana anterior, quando o plano de trabalho da relatora Eliziane Gama (PSD-MA) sofreu dificuldades para ser aprovado. Segundo parlamentares, dessa vez, o diferencial foi uma reunião realizada horas antes do início da CPMI.
Foi nesse encontro que ficou decidido, por exemplo, que iriam votar a lista dos convocados a serem ouvidos pelo colegiado em bloco e que, com isso, seria possível barrar pessoas que fizeram ou fazem parte do governo Lula.
Agora, a expectativa é que reuniões como essa sejam realizadas antes das novas sessões da CPMI. Em especial, quando forem realizadas oitivas de nomes ligados ao bolsonarismo.
*Por CNN BRASIL