Liga Itabirana de Futebol Amador realizou na tarde da quarta-feira (19/07), a primeira sessão de julgamento referente a processos de ações de 2022 e que não chegaram a ser julgados. O Tribunal de Justiça Desportiva, composto por advogados da 52ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, foi o responsável pela condução dos trabalhos.
Ricardo de Freitas, presidente da Liga, disse estar satisfeito com a realização da primeira sessão. “Um feito, uma vitória muito grande da nossa gestão frente à Lifa. Ano passado tivemos muitos problemas na montagem e tentativa de manter o Tribunal, mas infelizmente, os membros não mantiveram a agenda e os clubes reclamaram muito e não tiro a razão deles. Hoje a realidade é outra”. Já Silvio Andrade, secretário-geral, destacou a seriedade com que foram conduzidos os trabalhos: “Confesso que fiquei emocionado ao ver a sessão. Advogados comprometidos com a causa e com pleno conhecimento daquilo que estavam julgando. O fato de não conhecer os jogadores, não serem “boleiros”, torna o julgamento isento de qualquer parcialidade. Foi um grande momento para a Lifa e só tenho a agradecer aos profissionais da nossa OAB de Itabira”.
A presidente do Tribunal, Dra. Patrícia de Freitas Vieira, falou sobre a experiência: “A gente conseguiu dar andamentos aos processos que estavam parados desde o ano passado, do último campeonato. Foi uma sessão tranquila onde compareceram as partes e advogados para a defesa de seus atletas e clubes. Destaco os procuradores com suas manifestações respeitosas, tudo em um clima agradável. Criamos uma dinâmica de maneira que os julgamentos não irão demorar a acontecerem. Diante desta dinâmica, acordada com a Lifa, procuradores e auditores, creio que no máximo em duas semanas as eventuais infrações estejam apuradas e julgadas, não trazendo nenhuma ansiedade aos atletas. Estamos confiantes que tudo dará certo, prova disso, foi a primeira sessão realizada”.
O caso que mereceu destaque foi o julgamento do atleta Waldelon Rodrigues Morais, do Santa Maria Esporte Clube, por agressão ao árbitro Ronaldo Fernandes de Lima, em 20 de novembro, na partida contra o time do Ivipa, jogo válido pela categoria Principal do Campeonato Itabirano.
O jogo teve repercussão na região e o julgamento era esperado com expectativa pelo público. Foi designado relator o Dr. Rogério Perry. Após a leitura do processo, houve a defesa do acusado, alegando que não agrediu o árbitro. O relator proferiu voto opinando pela aplicação de pena de 11 partidas e 160 dias de punição, que por unanimidade foi acompanhado pelos demais auditores. A defesa recorreu pelo efeito suspensivo, sendo também, por unanimidade, indeferido.
Além da Dr. Patrícia de Freitas Vieira, presidente do Tribunal, participaram da sessão como procurador, Dr. Gabriel Nascimento Santos, os auditores Dr. Rogério Pierry Vieira, Dra. Crizian KeilaDias Martins e o advogado Mateus Andrade Neves.