A Polícia Civil cumpriu mandado de prisão preventiva, expedido em desfavor de uma agente comunitária de saúde do distrito de Senhora do Carmo, em Itabira, que estaria, em princípio, cobrando valores de uma família para serviços de saúde intrínsecos à sua função.
Iniciadas as investigações, a Polícia Civil reuniu elementos que demonstravam que a agente solicitava e recebia, em razão do cargo público, vantagem indevida, fazendo os beneficiários dos serviços de saúde a acreditar que para receberem atendimento médico, precisavam pagar pelo tratamento.
As informações chegaram ao conhecimento da Secretaria Municipal de Saúde, por meio de denúncias realizadas tanto na ouvidoria da prefeitura de Itabira, quanto na Unidade de Saúde do distrito.
Após a investigada ter sido denunciada perante o poder público, ela passou a ameaçar as testemunhas, fazendo, inclusive, que mentissem em seus depoimentos. Além disso, a investigada comparecia à casa de uma testemunha, pegava o seu telefone celular e passava a encaminhar mensagens para outras pessoas, como se fosse a testemunha, negando as cobranças e os pagamentos.
De acordo com o Delegado de Polícia responsável pela investigação, Diogo Luna Moreira, a investigada fez uma testemunha acreditar que o seu telefone estava com uma escuta, e que tudo o que falasse para outras pessoas, ela saberia.
Cumprido o mandado de prisão, a investigada foi encaminhada ao sistema prisional.