Festival celebrou a obra epistolar de Carlos Drummond de Andrade e foi palco da entrega do Troféu Juca Pato de Intelectual do Ano a Conceição Evaristo.
Após cinco dias de intensa programação, 167 atividades iluminaram a terceira edição do Festival Literário Internacional de Itabira, o Flitabira, apresentado pelo Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. Destrinchada, a programação contemplou 33 mesas de debate nacionais, 17 locais, 11 virtuais, 20 espetáculos infantis e 85 sessões de autógrafos. O tema do III Flitabira foi “Arte, Literatura e Correspondências”, celebrando a importância que as cartas trocadas entre Carlos Drummond de Andrade e seus familiares e amigos agregam.
No que tange à programação internacional, dois autores marcaram presença no Flitabira: Raquel Cané e Pedro Drummond, neto de Carlos Drummond de Andrade, patrono do Festival. Já a programação nacional teve a presença de 40 escritores e escritoras – dezenove mulheres e vinte e um homens, sendo três indígenas e seis negros.
A programação regional do III Flitabira trouxe 14 mesas para o Festival, das quais cinco abordaram o tema central do evento, as epístolas drummondianas. As demais mesas de debate trataram temáticas como mulheres na literatura, inclusão, arte e cidade, literatura marginal, religiosidade e fé e a história da cidade de Itabira. No total, 22 mulheres e 20 homens compuseram a lista de intelectuais da programação local, sendo 11 negros e 23 professores. Um desses professores foi Maxsandro Soares, professor dos três alunos que subiram ao pódio do Prêmio de Redação do Flitabira na categoria 3, que agracia estudantes entre 15 e 18 anos.
Quanto à premiação, considerada um dos principais momentos do Festival, 22 escolas aderiram à proposta, dentre elas públicas e privadas da Educação Infantil, Ensino Fundamental 1 e 2 e Ensino Médio. No total, cerca de 9 mil e duzentos estudantes estiveram envolvidos e puderam participar do concurso.
Promovido em parceria com o Sesc-SP, o Flitabira apresenta um ciclo de debates que discorre acerca da obra epistolar de Carlos Drummond de Andrade, em consonancia com o tema desta edição do Festival, “Arte, Literatura e Correspondências”. No total, onze mesas de debate foram realizadas com um total de treze autores (onze homens e duas mulheres), todas com mediação de Fábio Lucas, membro da Academia Pernambucana de Letras, fundador do @livronewsnoinsta, colunista do Jornal do Commercio (PE) e Presidente do Conselho Editorial da Cepe. Os vídeos do Ciclo de Debates “A obra epistolar de Carlos Drummond de Andrade” estão todos disponíveis no YouTube e podem ser conferidos no canal do Flitabira – acesse clicando aqui.
Mais de 60 pessoas compuseram as equipes de produção, comunicação e audiovisual. Indo além, foram feitas 51 contratações para equipe de montagem, limpeza, seguranças, brigada, alimentação, livraria e afins, totalizando mais de 110 contratações diretas e indiretas.
A estrutura englobou dois palcos, uma ampla livraria, áreas de leitura e lazer, em um espaço coberto de quase 900m² – isso sem contar com a parte descoberta do Flitabira, que englobou a área destinada à gastronomia. Para a livraria, coração do Festival, foi montado um espaço de 244 metros quadrados dedicado à venda de livros no Flitabira, com cerca de 15 mil exemplares disponíveis, incluindo mais de 4 mil títulos literários abrangendo diversos gêneros, como romance, poesia, ensaio, aventura, terror, crônica, biografia, infantojuvenil, entre outros. Houve comercialização considerável das obras de Carlos Drummond de Andrade, patrono do Festival. Em uma lista de obras e autores mais vendidos ao longo dos cinco dias do III Flitabira, divulgada aqui, Conceição Evaristo liderou o número de vendas.
O Flitabira desempenha um papel de grande relevância na economia da cidade de Itabira. O festival atrai um grande número de visitantes de diversas regiões, que se deslocam até o evento. Esses visitantes têm um impacto econômico positivo na cidade, uma vez que consomem produtos e serviços locais, como hospedagem, alimentação, transporte e compras.
Durante o período do festival, há um aumento expressivo na demanda por esses serviços, o que beneficia diretamente os estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços da região. Hotéis, pousadas, restaurantes, cafés e lojas em geral experimentam um aumento nas vendas e na ocupação, impulsionando a economia local.
Além disso, o Flitabira também desempenha um papel importante na valorização da cultura e do patrimônio da cidade. Ao destacar a literatura e a história locais, o festival incentiva o turismo cultural, atraindo pessoas interessadas em conhecer e explorar as riquezas patrimoniais de Itabira. Isso não apenas gera receita direta para os pontos turísticos locais, como também fortalece a imagem da cidade como um destino cultural e turístico.
São diversas as maneiras pelas quais o Flitabira impacta na economia local: promovendo a cultura, impulsionando o turismo, estimulando o comércio, valorizando a produção cultural local e contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico da cidade de Itabira, tudo isso em paralelo aos projetos de valorização e integração com a comunidade.
SOBRE O FLITABIRA
Criado pelo jornalista Afonso Borges – que é também o idealizador do Festival Literário de Araxá (Fliaraxá) e do Sempre um Papo –, o Flitabira realizará sua terceira edição entre os dias 31 outubro e 5 de novembro de 2023, celebrando 121 anos de nascimento do poeta Carlos Drummond de Andrade. As atividades acontecem tanto de forma presencial, na Praça do Centenário, quanto on-line, pelo canal no YouTube do Festival.
O Flitabira tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, com o apoio da Prefeitura de Itabira e União Brasileira de Escritores – UBE.
INSTITUTO CULTURAL VALE
O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Nos anos 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org