Òrgão do Governo do Estado confirmou ainda que os parâmetros químicos, relacionados a derivados de petróleo, estão em concentrações inferiores aos valores máximos permitidos.
Uma nota técnica emitida pelo Núcleo de Emergência Ambiental (NEA), órgão do Estado, confirma que a água entregue para a população abastecida pelo sistema Pureza, em Itabira, não oferece riscos à saúde. Um analista ambiental do órgão esteve na cidade na última terça-feira (14/11) e vistoriou o empreendimento apontado como o causador da contaminação do sistema de tratamento Pureza.
O documento é assinado pelo analista ambiental Sérgio Luiz Sanglard Zanute e foi publicado ontem (15/11). Ele analisou os resultados preliminares das coletas, realizadas pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Itabira, na água bruta e na água tratada, tanto na saída do tratamento quanto em pontos de distribuição monitorados no domingo (12/11).
Sérgio Zanute confirmou que os parâmetros químicos, relacionados a derivados de petróleo, estão em concentrações inferiores aos valores máximos permitidos pela Resolução Conama nº 357/2005, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e da Portaria GM/MS nº 888/2021, que dispõe sobre a qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.
“As investigações dos impactos do ocorrido no último fim de semana são levadas à sério pelo Saae. As análises foram realizadas por laboratório externo, homologado pela Rede Metrológica de Minas Gerais (RMMG), assegurando a confiabilidade dos resultados emitidos. Além disso, não deixamos de comunicar o fato às autoridades competentes, como o NEA, por exemplo. E ter o NEA reconhecendo e validando o que já havíamos informado, que a água distribuída à população abastecida pelo sistema Pureza não oferece riscos à saúde, confirma a seriedade do trabalho desenvolvido pelo Saae”, afirmou a diretora-presidente do Saae de Itabira, Karina Rocha Lobo.
Sobre o NEA
O Núcleo de Emergência Ambiental é um órgão da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) que presta atendimento multidisciplinar em casos de acidentes com impactos ambientais e que podem trazer danos à saúde da população.
Para isto, profissionais como engenheiros químicos, ambientais, agrônomos e civis; químicos e técnicos compõem o Núcleo de Emergência Ambiental (NEA), com atuação em todo o Estado, conforme a natureza do acidente e o tipo de intervenção necessária.
O atendimento é feito em parceria com outras instituições, como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Vigilância Ambiental e prefeituras, em situações envolvendo, por exemplo, acidentes com caminhões que transportam produtos químicos ou inflamáveis, rompimento de barragens, vazamentos de resíduos industriais ou em postos de combustível.