No coração de São Paulo, seguidores do ex-líder Jair Bolsonaro reuniram-se em uma manifestação significativa neste domingo (25/02), na emblemática Avenida Paulista. O evento foi organizado para mostrar suporte ao ex-mandatário, que atualmente enfrenta investigações da Polícia Federal (PF) relacionadas a alegações de tentativas de subverter o processo democrático para permanecer no poder, desafiando a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-presidente, que foi chamado a depor perante a PF na última quinta-feira (22/02), optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório. A expectativa girava em torno de sua participação e discurso em um palanque sonoro estrategicamente posicionado nas proximidades do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Às 13h30, a aglomeração já havia tomado proporções notáveis, estendendo-se por um quarteirão e meio. Para garantir a segurança e a ordem durante o evento, a Polícia Militar destacou um efetivo de 2.000 agentes.
Bolsonaro, utilizando suas plataformas de mídia social, convocou seus seguidores para o ato, enfatizando seu caráter pacífico e a defesa dos valores democráticos, da liberdade, da família e do futuro do país.
O ato contou com a presença de figuras notáveis, incluindo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia, diversos parlamentares alinhados à sua visão política e alguns governadores, entre eles Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo.
Valdemar Costa Neto, presidente do PL e recentemente envolvido em um escândalo devido a uma operação da PF, também fez uso da palavra no evento, apesar de restrições do Supremo Tribunal Federal (STF) que proíbem seu contato com Bolsonaro. Costa Neto exaltou o crescimento do PL, atribuindo-o ao apoio dos eleitores de Bolsonaro, proclamando-o o maior partido do Brasil.
Os participantes do ato começaram a chegar desde cedo, adornados com as cores nacionais e portando bandeiras do Brasil e de Israel, refletindo a diversidade de apoio e as questões geopolíticas em pauta, especialmente após críticas recentes do presidente Lula ao governo de Benjamin Netanyahu e a declaração de Lula como “persona non grata” por Israel.
Cartazes com mensagens anti-comunistas e em defesa dos valores tradicionais brasileiros também foram vistos, evidenciando as diversas facetas e preocupações dos apoiadores de Bolsonaro.