O time de Itabira ainda busca sua primeira vitória no Campeonato Estadual Módulo II. Nessa temporada de regresso a competição, o Valeriodoce Esporte Clube (VEC) acumula quatro empates. O mais recente ocorreu no sábado (18/05) na cidade de Juiz de Fora, zero a zero diante do Tupi. O confronto que ocorreu mais de 60 vezes é considerado tradicional no Estado, já que ambos protagonizaram várias passagens pela elite do futebol mineiro. O jogo ocorreu no campo do Sport/estádio Procópio Teixeira, sem laudos técnicos para receber público. O local onde o Tupi manda seus jogos, estádio Radialista Mário Helênio foi cedido para evento sertanejo, na mesma data da partida.
O jogo
O VEC foi escalado diferente pelo técnico Marcos Valadares. O esquema de três jogadores no ataque foi abortado para a primeira oportunidade de Maicon como titular no ano. Ele conquistou a vaga depois de ter entrado bem no transcorrer dos dois últimos jogos: em Muriaé (diante do Nacional, 4 a 4), e em Itabira (0 a 0, contra o Betim). Mas os planos mudaram com a expulsão do zagueiro do Valério. Aos 13 minutos, Lula fez falta em Clevinho quando o adversário seguia em direção ao gol de Glaycon, e recebeu o cartão vermelho do árbitro Antônio Márcio Teixeira. Inicialmente, o VEC pretendia escalar um jogador da posição, mas Gabriel Santos foi improvisado na defesa.
O Galo Carijó criou boas oportunidades, a maioria delas em erros de passe do Valério, mas a zaga conseguiu anular, principalmente as jogadas que buscavam o centroavante Gustavo Índio. Maicon respondia nos contra-ataques na troca de passes com Pedrinho, mas o atacante do VEC passou outra partida em branco, a segunda, depois da estreia com dois gols, na segunda rodada. Saulo era outra peça de aproximação, junto com DG, porém o armador teve que recuar e trabalhar no meio-campo pela inferioridade numérica. Ele se destacou também defensivamente, assim como Gabriel Santos, de origem volante, mas jogando de zagueiro, um dos melhores em campo.
Segundo Tempo
Mesmo com um jogador a mais na etapa, o técnico Franco Muller insistiu em um sistema conservador. E a ligação direta foi usada para pressionar o adversário à maioria das vezes, a dificuldade foi diante do piso do estádio. Alexandre Melo foi o responsável pela bola parada do VEC. Ele chegou a obrigar o goleiro Ésio a uma defensa difícil, mas nas demais, o meia-armador do VEC errou no alvo. Rafael Toledo também forçou o goleiro Glaycon a intervir conclusão em média distância, e nos cruzamentos para a área em busca do atacante Dudu. Em uma delas, foi interceptado pelo zagueiro Pedrão Vieira, quando já na pequena área, teve a chance mais clara da partida.
Mais audacioso o Valério apostou em Léo Carioca na lateral esquerda, e em Antônio Marcos, Nascimento e Kaike, para fortalecer a marcação do meio campo. Com a pressão dos donos da casa, em determinado momento, se tornou jogo de ataque contra a defesa, e o contragolpe era a arma do Valério, mas causava desgaste físico, ampliado pela temperatura de 37 graus em Juiz de Fora. Tucho reforçou o ataque do Tupi, dando nova mobilidade ao setor, mas Gabriel Santos sempre se destacou na proteção ao goleiro Glaycon. Luis Felipe novamente como primeiro marcador no meio-campo, teve dificuldades no desarme, mas qualificava a saída de bola. O empate sem gols foi o placar final.
VEC: Glaycon; Saulo, Pedrão Vieira, Lula e Rodrigues (Léo Carioca); Luis Felipe, Gabriel Santos, Alexandre Melo (Nascimento), e Maicon (Kaike); DJ e Pedrinho (Antônio Marcos). Técnico: Marcos Valadares.
Arbitragem: Antônio Márcio Teixeira; Marciano Pires de Lima e Jeferson Cristiano Monteiro.
*Por Euclides Éder