Média é de nove focos por dia em 2014 no território mineiro, segundo o Inpe.
O longo período de estiagem, principalmente da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que não registra chuva há 85 dias, vem colaborando para o aumento significativo dos incêndios em Minas Gerais. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que o estado mineiro registra, em 2024, o maior número de focos de incêndio dos últimos seis anos.
De janeiro a 11 de julho deste ano, os satélites do INPE detectaram 1.814 focos de incêndio em Minas Gerais, uma média de nove por dia. O número representa 25% a mais do que o registrado no mesmo período de 2023, quando 1.096 focos foram detectados.
Somente nos primeiros 11 dias de julho, foram 283 incêndios registrados pelo Inpe. Neste mês, Minas Gerais é o sexto estado com o maior número de focos, atrás do Mato Grosso, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso do Sul, e Pará.
E as ocorrências seguem em todo território mineiro. Nesta sexta-feira, o Corpo de Bombeiros segue os trabalhos no Parque Ursulina de Melo, no Bairro Castelo, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, que foi atingido por um incêndio. Os militares estão fazendo vistorias na mata para identificar possíveis focos no local. As causas ainda estão sendo apuradas, mas a suspeita inicial é de ação humana.
Nessa quinta-feira, o incêndio em vegetação ameaçou atingir casas em Juiz de Fora, na Região da Zona da Mata. O Corpo de Bombeiros conseguiu conter as chamas utilizando cerca de 4 mil litros de água.