Caso complete o terceiro mandato, Maduro acumularia 18 anos de poder.
Maduro venceu a eleição presidencial de domingo (28/07) com 51,2% dos votos, contra 44,2% do opositor Edmundo González Urrutia, que liderava as pesquisas divulgadas antes da votação. A princípio, o líder chavista, que assumiu o cargo em 2013, iniciará um terceiro mandato de seis anos em janeiro, até 2031.
Caso complete o terceiro mandato, Maduro acumularia 18 anos de poder, um período superado na Venezuela apenas pelo ditador Juan Vicente Gómez, que ficou 27 anos à frente do país (1908-1935).
O anúncio da reeleição foi questionado por Estados Unidos, Chile, Peru, Costa Rica, Guatemala, Argentina, Espanha, Uruguai e União Europeia, que pediu “total transparência” na contagem dos votos. China, Cuba, Nicarágua, Honduras e Bolívia felicitaram Maduro.
Pouco antes do anúncio do CNE, a campanha da oposição havia denunciado irregularidades na apuração.
“Solicitamos, em nome da paz da Venezuela, em nome da credibilidade no voto como instrumento para tomar as grandes decisões do mundo civilizado, que não deem um passo em falso”, havia declarado Omar Barboza, secretário-geral da coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD), que apoia González Urrutia.
“Os resultados são inegáveis. O país escolheu uma mudança em paz”, escreveu González Urrutia na rede social X.