A poeta e artista plástica Amanda Drumond participa da Hora da Poesia, na segunda-feira (19/08), às 16h, na biblioteca Luís Camillo de Oliveira Netto, na FCCDA, ocasião em que fará a leitura de alguns de seus poemas, além de participar de uma roda de conversa sobre o fazer poético com os participantes convidados, todos que curtem a poesia, tão necessária em nossas vidas.
Amanda Drumond é itabirana, mas tem as suas raízes familiares em Santa Maria de Itabira – ela é sobrinha de Joana D’Arc Torres Assis, escritora, memorialista santamariense – e de Fátima Drumond, outra cronista garrucheira que precisa desengavetar os seus escritos, assim como também é preciso retirar dos escaninhos da memória os poemas do tio Marcos Drumond.
Irrequieta, Amanda Drumond escreve e ilustra os seus próprios poemas. A sua obra literária é marcada por sensibilidade e profundidade. As suas poesias, crônicas e contos exploram temas como amor, feminilidade, empoderamento e autoconhecimento.
Não raro, em seus versos ela mergulha na dualidade entre força e vulnerabilidade, com muita habilidade ao expressar emoções de forma autêntica e cativante. A sua poesia é também engajada, não se omite diante da realidade, como é exemplo o seu poema Cavaca: “(…) Cavaco noite e dia,/ levo tudo para o futuro./ No Japão, estou de dia,/ trabalhando sempre o turno./ Nunca parei, desde o primeiro furo”.
Outro exemplo é o poema A pepita que estava aqui, no qual ela questiona a ausência de algo valioso que se perdeu, como uma pepita de ouro que desapareceu.
Por meio de metáforas, Amanda aborda questões sociais, filosóficas e existenciais. É altruísta e solidária ao abordar a fome, a miséria, em oposição à ambição desmedida, mas sempre de maneira poética e reflexiva. A sua poesia reflete o amor ao próximo, buscando compartilhar emoções com outras pessoas.
Em um outro poema, Eu te amo, revela a profundidade das emoções e a busca pelo significado do amor. “(…) Amo-te/ Vou embora/ silencio-te/ abandono-te/ sofro/ recomeço-te/ te amo como sempre.”
Amanda Drumond tem o dom de capturar a essência da experiência humana em suas palavras, tocando os corações dos leitores e das leitoras.