Pular na piscina “de roupa e tudo”, tomar caipirinha na praia ao lado de conselheiros, algumas das imagens que vazaram na internet e, nos tempos de glória do Cruzeiro, fizeram Wagner Pires de Sá ganhar o apelido de “presidente raiz”. Porém, para sustentar essa alcunha, Wagner gastava “mundos e fundos” no cartão corporativo do clube celeste. Ao todo foram R$ 86,2 mil usados para bancar gastos em restaurantes renomados de Belo Horizonte e outras cidades do Brasil, como Rio de Janeiro e Porto Alegre, e até em clínicas de beleza.
Antecipada pelo Uol, Superesportes e Deus me Dibre, a lista de gastos de Wagner Pires de Sá impressiona. Só em bares e restaurantes da capital mineira o ex-presidente do Cruzeiro pagou quase R$ 43 mil em dois anos, entre dezembro de 2017 e dezembro de 2019.
Renomado restaurante no Lourdes, o Dart’agnan, de cozinha contemporânea com ‘toque francês’, foi o local onde Wagner Pires de Sá mais digitou a sua senha de gastos: R$ 13.133,00 foram usados para bancar as farras do “presidente raiz” no estabelecimento.
Outros bares também tiverem Pires de Sá como cliente assidio nesse período entre 2017 e 2019. O “Mudesto Butiquim” angariou pelo consumo do dirigente quase R$ 4 mil. Até diárias no Hotel Fasano, rede mundialmente conhecida, foram pagas pelo Cruzeiro, somando custos de R$ 3.383 aos cofres do clube.
Os gastos de Wagner Pires de Sá com comida e bebida foram variados. Cozinha japonesa, churrascarias, restaurantes de hotel. A farra totalizou quase 90 mil reais, contando também despesas médicas.
Há citações na planilha de gastos que apontam quase R$ 10 mil usados para pagar uma clínica de nome “Belvedere”.
A reportagem tentou contato com o ex-presidente do Cruzeiro, mas o telefone estava desligado. O espaço está aberto para que Wagner Pires de sá justifique os gastos com o cartão empresarial do Cruzeiro Esporte Clube.