Moradores de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, vão participar de uma pesquisa inédita que vai identificar a circulação do novo coronavírus na cidade. O estudo será realizado pela prefeitura, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A partir do mês de junho, cerca de 5.400 pessoas serão selecionadas ao longo das etapas da pesquisa para fazer os dois testes: o rápido, que identifica a presença de anticorpos para a doença, caso a pessoa já tenha sido contaminada pela Covid-19, e o de proteína C-reativa (PCR), que determina se a pessoa está com o vírus, mesmo que não tenha manifestado os sintomas.
Segundo a prefeitura, a cidade será dividida em 36 áreas, com base em informações do IBGE e a amostragem de 1.080 moradores, divididos por sexo e faixa etária, para cada uma das etapas do trabalho.
Os resultados dos testes vão ajudar no planejamento de ações de combate à doença e para a organização da rede SUS para atendimento à população. Além de estimar cientificamente o número pessoas contagiadas, a pesquisa vai permitir identificar a taxa de subnotificação dos pacientes. O trabalho vai permitir ainda definir a proporção de assintomáticos, os sintomas mais prevalentes e estimar as taxas de detecção e letalidade da doença.
“As equipes que realizarão o trabalho de campo estarão uniformizadas e identificadas. Em todos os documentos, autorizações e formulários da pesquisa constarão o telefone para que os participantes possam confirmar a idoneidade da pesquisa”, explicou o secretário municipal adjunto de Saúde de Betim, Augusto Viana.
Todas as medidas de proteção e desinfecção serão tomadas para proteger os profissionais e moradores visitados. Segundo o boletim epidemiológico, Betim tem, até a última quinta-feira (14), 37 casos confirmados da doença, com três mortes e 3.594 notificações.