A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou, na nesta terça-feira (9), que mantém diversos mecanismos de acompanhamento do crescimento no número de casos de Covid-19 em todas as regiões mineiras, incluindo o Vale do Aço, e que não é o momento de se cogitar lockdown (isolamento total) na região, que tem registrado índices preocupantes de contágio. No início do mês, a pasta recomendou reforço de isolamento diante da possibilidade de surgimento de 100 mil novos casos da doença no local.
De acordo com o secretário adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, o governo de Minas segue ações de combate à doença a partir de definições em diversos campos, que incluem os Planos de Contingenciamento Macrorregionais; reuniões com prefeitos e secretários municipais de saúde; e orientações do Minas Consciente (programa de flexibilização controlada do isolamento).
Segundo ele, o lockdown (método em que praticamente todas as atividades são fechadas) não é cogitado no momento e nem deverá ser necessário, caso sejam seguidos os protocolos de retomada sob controle.
“O lockdown é o fechamento absoluto de tudo, sem qualquer possibilidade de movimentação, comércio, tudo. Se seguirmos, como temos seguido, os nossos protocolos, a nossa ideia é fazer uma retomada sob controle, moderada, pensada e, nesse momento, dos números que temos, dos mapas estatísticos que temos, de tudo que temos feito em relação à pandemia, não é, por ora, momento de se cogitar um lockdown”, disse.
Barreiras sanitárias
Conforme Cabral, um dos mecanismos do governo estadual, previsto no Plano de Contingenciamento, é a emissão de notas técnicas, que orientam os municípios sobre a necessidade, por exemplo, de barreiras sanitárias. No entanto, o secretário relembrou que a adoção das notas é de responsabilidade dos gestores municipais.
“Nós já providenciamos essa nota técnica. Ela já está disponível. Inclusive, fizemos contato com as forças da segurança para, dentro das previsões do Minas Consciente, adotarmos alguma providência que necessária for no sentido do apoio à barreira sanitária. O que cabe ao Estado é esta nota técnica, adotando os municípios, se assim o entenderem, as direções desta nota técnica para adoção das barreiras sanitárias”, informou.
Na ocasião, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, disse que Ipatinga tem tido maior número de casos e com ocupação de leitos que chegou a 100%, mas há ainda leitos nas cidades de Caratinga e Coronel Fabriciano, que são municípios próximos a Ipatinga e que dão suporte à região.
Patos de Minas
Por fim, Amaral trouxe dados sobre a situação em Patos de Minas, no Noroeste de Minas – cidade-pólo da região. Questionado sobre a ocupação do Hospital Antônio Dias, da rede Fhemig, Amaral explicou que era de se esperar que o centro médico tivesse sua capacidade plena ocupada, já que é um dos âncoras na região. No entanto, o Plano de Contingenciamento prevê novos leitos, que estão sendo desenvolvidos em Unaí e Paracatu, na mesma região, além da criação de mais vagas no Hospital São Lucas, em Patos.
“Todos eles fazem parte do Plano de Contingência e são leitos que estamos programando abrir conforme haja demanda e conforme venha a estruturação. A região Noroeste será contemplada com a chegada de respiradores que nós compramos. Na medida que nós fomos recebendo, nós iremos distribui-los pelo Estado. A região Noroeste receberá esses respiradores”, disse Amaral.