O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobrevoou neste sábado (4) as áreas atingidas pelo “ciclone bomba” em Santa Catarina, que causou ao menos dez mortes e deixou um rastro de destruição no Sul do país nesta semana.
Ele foi acompanhado por parlamentares da região e ministros, incluindo o titular do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Rogério Marinho. Em sua conta no Instagram, a vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr (sem partido), publicou fotos ao lado do presidente a bordo do helicóptero usado para sobrevoar a região.
“Já estou com o presidente @jairmessiasbolsonaro. Seguimos para sobrevoar as áreas atingidas pelo ciclone bomba. Unidos, vamos vencer mais essa calamidade. Estamos trabalhando para agilizar o atendimento à nossa gente e recuperar o nosso estado”, escreveu.
Em outras publicações em suas redes sociais, a vice-governadora marcou além do presidente Bolsonaro os deputados federais Caroline de Toni (PSL), Daniel Freitas (PSL) e Rogério Peninha Mendonça (MDB), que também participam do sobrevoo.
Em vídeos também publicados nas redes sociais de Reinehr, Bolsonaro diz que o sobrevoo teve como objetivo ver o que realmente aconteceu pela passagem do ciclone.
“Queria dizer a todos que no nosso governo, em especial através do ministério do desenvolvimento regional que temos à frente o Rogério Marinho, está à disposição para o que for possível para minorar o sofrimento daqueles que foram atingidos”, disse o presidente.
“E, obviamente, nos solidarizarmos aos familiares daqueles que perderam suas vidas. O governo federal se coloca à disposição dos senhores.”
O presidente Jair Bolsonaro sobrevoa áreas de Santa Catarina atingidas por ‘ciclone bomba’
Foto: Reprodução / carolinedetoni/ Instragram
Seguindo a agenda presidencial, Bolsonaro deixou Brasília às 6h30 e pousou em Santa Catarina por volta das 8h30. O sobrevoo das áreas atingidas pelo fenômeno segiu até cerca de 9h20 e, às 10h30, ele embarcou para retornar à capital federal.
Pela tarde, o presidente participa de evento para comemorar o 244º Aniversário da Independência dos Estados Unidos.
Com ventos de até 120 km/h, chuvas e granizos, o “ciclone bomba” atingiu a região sul do país no início da semana, causando ao menos nove mortes em Santa Catarina e uma no Rio Grande do Sul, além de um grande rastro de destruição e queda da energia elétrica nas regiões afetadas – em especial no litoral catarinense.
Com menor intensidade, municípios paranaenses também foram atingidos pelos ventos. No Sudeste, alguns efeitos também foram sentidos, como fortes ondas e ressaca no litoral de São Paulo.
O que é um ciclone bomba?
De acordo com o meteorologista da Climatempo André Madeira, o ciclone extratropical recebe esse apelido por causar uma queda de pressão em curto espaço de tempo.
Esse fenômeno pode causar ventos intensos e agitação marítima. No entanto, Madeira diz que a ocorrência é “relativamente comum” para essa época do ano.
“São relativamente comuns nesta época do ano, e ocorrem aqui, no litoral do país, na região Sul, principalmente entre maio e setembro. São áreas de baixa pressão que, geralmente, se formam associados à uma frente fria”, disse.
Na quinta-feira, foi registrada uma chuva congelada na serra catarinense.