A aguardada escolha da companheira de chapa de Joe Biden na eleição presidencial dos Estados Unidos nesse ano chega à reta final com a possibilidade de uma surpresa. A deputada da Califórnia Karen Bass ganhou força nos últimos dias e pode ser escolhida para concorrer a vice-presidente dos Estados Unidos.
A informação foi confirmada nos últimos dias em mais de uma dúzia de entrevistas de congressistas, doadores democratas, aliados próximos de Biden e outros integrantes do processo de escolha do candidato a vice.
Aos 66 anos, Bass coordena a bancada negra no Congresso americano. Em meio ao lobby e especulação sobre a decisão histórica de Joe Biden, as favoritas anteriores, a senadora e ex-presidenciável Kamala Harris e Susan Rice, ex-conselheira de segurança nacional de Barack Obama, também seguem no topo das bolsas de apostas.
Aos 77 anos, homem e branco, Joe Biden tem manifestado desde que se tornou o pré-candidato democrata a enfrentar Donald Trump sua predileção por ter uma vice-presidente mulher. A opção número um, a senadora e ex-presidenciável Elizabeth Warren, perdeu força após a morte de George Floyd e os intensos protestos antirracismo no país.
A deputada americana Karen Bass, do Partido Democrata, durante ato virtual da pré-campanha de Joe Biden a presidente
Foto: Reprodução/Twitter
Desde então, Biden tem priorizado em sua busca nomes de mulheres negras, evocando também o fato de ter sido vice-presidente na gestão de Obama, primeiro e único negro a ser eleito presidente dos Estados Unidos.
Nos últimos meses, a equipe do pré-candidato tem submetido as principais cotadas a um intenso processo de entrevistas e verificação de histórico na vida pública.
Além de Bass, Kamala, Susan e Warren, estão citadas na fase de análise mais apurada a senadora Tammy Duckworth (Ilinóis), a deputada Val Demings (Flórida), a prefeita de Atlanta, Keisha Lance Bottoms e as governadoras do Michigan, Gretchen Whitmer, e do Novo México, Michelle Lujan Grisham.
O nome da deputada Karen Bass foi impulsionada pelo lobby de colegas no Congresso e de doadores democratas. Além disso, a ascensão contou também com a fala pública da presidente da Câmara, Nancy Pelosi, de que a colega não poderia ser desconsiderada pela campanha do seu partido.