A Justiça do Trabalho em Itabira condenou o Valério a pagar uma indenização de R$ 60 mil para o ex-treinador Roberto Gaúcho pelo período em que ele trabalhou no clube. Segundo o presidente do Valério, João Mário de Brito, havia um acordo para que o técnico recebesse apenas R$ 35 mil para comandar o time na terceira divisão do Campeonato Mineiro do 2018. O clube já recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 3ª Região, em Belo Horizonte.
No entanto, Roberto Gaúcho ingressou com ação na Justiça solicitando o pagamento de salários referentes aos meses de maio, junho, julho, agosto e setembro daquele ano, além de aviso prévio indenizado de 30 dias, 13º salário e férias proporcionais e o pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) acrescido de multa de 40%.
O valor final pedido pelo ex-treinador chegou a R$ 153.351,97. O presidente do clube disse que não havia recursos suficientes para pagar o valor pleiteado por Roberto Gaúcho. Foi realizada uma audiência de conciliação, sem sucesso, ainda no dia 28 de maio.
“Conforme verificado, não dispomos desta quantia inerente a estes atos. Juntaremos comprovantes de merecimento aos benefícios de gratuidade e faremos pedido de restabelecimento”, informou João Mário.
O Valério foi condenado ainda a pagar as custas processuais. A Justiça do Trabalho proferiu a sentença no dia 10 de julho, mas só agora ela foi tornada pública. “Atualmente, a ação aguarda julgamento no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 3ª Região. Neste momento, nos encontramos em prazo para pagamento de custas e depósito judicial”, disse João Mário.
Em processo de início de recuperação financeira, o Valério está priorizando a restauração de sua área social e a regularização do estádio Israel Pinheiro. Recentemente, o presidente anunciou que está buscando inquilinos para os ginásios do clube. Dois deles já foram alugados por empresas terceirizadas que atuam na área da Vale. O salão de festas também pode ser alugado em breve.