O Metabase Itabira realizou, nos dias 18 e 19, nas dependências da empresa Vale S/A, a assembleia geral ordinária deliberativa do Acordo Coletivo do Trabalho com vistas aos anos de 2020 e 2021.
Devido a pandemia causada pelo Covid-19, a empresa solicitou que fosse prorrogada a data-base para o dia 25 (venceu em 1º de novembro). “Data-base é destinada a correção salarial e de análise das condições de trabalho. É o momento em que os trabalhadores, por meio do Metabase Itabira, buscam o reajuste salarial anual, reajuste do cartão alimentação, revisão do plano de saúde etc.” disse André Viana, presidente do sindicato.
O sindicalista fala do cumprimento de uma promessa: “…durante nossa campanha em 2018, ressaltei a importância de não perder nenhum benefício, nenhum direito conquistado poderia sair das cláusulas do acordo coletivo e isto está sendo mantido. Em nossos encontros com os representantes da empresa, o primeiro tema discutido é sempre a manutenção destes benefícios. Acreditamos que os direitos conquistados contribuem não apenas para o trabalhador, mas de toda a sua família. Direitos garantidos, sempre”, salientou. A última perda de benefícios foi em 2017. Na época a empresa cortou os procedimentos de ortodontia e implantodontia da Assistência Médica Supletiva (AMS) e ofereceu um abono de R$1.200,00 aos trabalhadores. Apesar das críticas da gestão passada, a empresa manteve o corte.
Drive in
O Metabase Itabira tem implantado um modelo para realização de assembleias que tem agradado aos trabalhadores e as empresas, pois evita-se o movimento e/ou aglomeração dos trabalhadores: “Os trabalhadores ficaram dentro dos ônibus, enquanto ouviam as explicações da proposta pelos diretores e funcionários por meio de sistema de som, da mesma forma que realizamos em Conceição do Mato Dentro, na empresa Anglo American. A votação também obedeceu aos critérios de distanciamento entre as pessoas, uso de máscara e álcool em gel. André ressaltou que “a organização da assembleia contou com o apoio da empresa e o planejamento acatou todos os protocolos dos principais órgãos de saúde, inclusive da Organização Mundial de Saúde – OMS, seguindo as normas de saúde e segurança, tendo em vista o momento pandêmico”.
A proposta teve como resultado a aprovação dos trabalhadores:
Sim: 2002 – 95,4%
Não: 92 – 4,38%
Brancos/Nulos: 4 – 0,2%
Votantes: 2098
André Viana comentou o resultado: “Em dois anos de adversidades (barragens e pandemia) vamos para o terceiro ACT consecutivo. Conseguimos avançar em reajustes nos salários, com reflexo imediato em férias, 13º salário, FGTS, PLR e outras cláusulas financeiras. Em 2018 conseguimos reajustes salariais de 6% para o pessoal do administrativo e 9,5% para o pessoal do turno. Em 2019 foram 3,5% e agora em 2020, 4,5%. Resumindo: 14,0% para pessoal do administrativo e 17,5% para pessoal do turno. Se somarmos a inflação de 2018 (3,75%) e 2019 (4,31%) mais o acumulado deste ano (3,92%) chegaremos a 11,98%, bem abaixo dos valores de reajustes conseguidos pelo Metabase. Prova do trabalho sério, focado, direcionado no bem estar do trabalhador e por consequência de sua família” finalizou André Viana.
PROPOSTA APROVADA
Reajuste salarial de 4,5% inclusive nas cláusulas econômicas (despesas com tratamento de saúde, auxílio funeral, armação de óculos etc.); reajuste no cartão alimentação, de R$760 para R$790 (média em 4%); 13° crédito extra integral, já reajustado no cartão alimentação e manutenção de todas as cláusulas já existentes.