Por Estados De Minas
Milhares de pessoas tomaram a Avenida Afonso Pena, no novo (e maior) trecho em que contempla a Feira de Arte, Artesanato e Produtores de Variedades, conhecida como Feira Hippie, na manhã deste domingo (22). E mesmo com o movimento intenso, comerciantes reclamam da baixa nas vendas.
A comerciante Sílvia Pinto Coelho conta que tem feito de tudo para tentar atrair os clientes, que, em sua grande maioria, só olham. “Até o preço a gente tenta reduzir. As pessoas só estão passando, não estão comprando”, diz.
Na profissão há 30 anos, ela comenta que nunca viu uma crise como essa. “Com fé em Deus nós vamos vencer. A expectativa é melhorar, porque senão vai ficar difícil”, completa.
O comportamento dos clientes indica que o Natal pode ser apertado durante a pandemia. Uma das primeiras feirantes do tradicional comércio de BH, Iracema Martins acredita que as pessoas só estão comprando o necessário por causa da dificuldade financeira.
“Vendo artigos de Natal. Em outros anos era melhor, tudo que a gente trazia, a gente vendia. Mas agora quando vende um pouquinho a gente já fica alegre”, conta a comerciante há mais de 30 anos.
Renato Humberto Perez, vendedor há 21 anos, reforça o discurso das vendas em baixa, mas diz que é melhor “pingar do que secar”.
“O pessoal está mais observando, não está comprando muito. Mas a esperança é a última que morre, né? Entrando o Natal agora, quem sabe as vendas melhoram. A venda só não pode parar. Já estão ruins as vendas, imagina se parar?”, ele indaga.