POR G1
Michigan certificou na tarde desta segunda-feira (23) que Joe Biden venceu a eleição presidencial de 3 de novembro naquele estado. Com a vitória, o democrata conquistou 16 delegados no Colégio Eleitoral.
O ato é mais uma derrota para o presidente Donald Trump, que tentava reverter o resultado – O Comitê Nacional Republicano e o Partido Republicano de Michigan chegaram a escrever ao conselho eleitoral estadual de Michigan no sábado pedindo um adiamento de 14 dias na certificação para permitir uma auditoria das cédulas no maior condado do Estado.
O pedido era relacionado ao condado de Wayne, que inclui a cidade de maioria negra Detroit.
A certificação foi emitida nesta segunda-feira por três votos a favor e uma abstenção, por um comitê composto por dois funcionários democratas e dois republicanos.
O gabinete da Secretaria de Estado de Michigan recomendou na sexta-feira que o conselho estadual certificasse os resultados, que mostraram Biden vencendo em Michigan por 154.187 votos. Segundo a agência Reuters, o gabinete afirmou que havia pequenos erros de tabulação, mas que derivavam de “erro humano semelhante ao que ocorreu em eleições anteriores” e que não haviam afetado os resultados.
Retirada de ação
Na quinta-feira (19), a campanha de Trump anunciou que havia retirado o processo em que tentava parar a contagem de votos no estado de Michigan.
O processo em Michigan tentava impedir a certificação do resultado na região de Detroit, a maior cidade do estado, e a campanha do presidente disse ter retirado a ação por ter conseguido atingir seu objetivo — o que não é verdade.
O advogado de campanha de Trump, Mark “Thor” Hearne II, afirmou que o processo não era mais necessário porque “o conselho de fiscais do condado de Wayne se reuniu e se recusou a certificar os resultados da eleição presidencial”.
Mas o resultado daquele condado foi certificado na terça-feira (17). Fiscais republicanos chegaram a barrar a certificação dos resultados, mas voltaram atrás depois.
Naquele mesmo dia, Trump convidou deputados republicanos do Michigan para uma reunião na Casa Branca na sexta-feira.
Os líderes do Senado e da Câmara estaduais de Michigan, ambos republicanos, divulgaram um comunicado após essa reunião em que negaram saber de qualquer irregularidade e prometeram seguir as regras.
“Não fomos alertados de nenhuma informação que mudaria o resultado da eleição no Michigan. E, como líderes do Legislativo, vamos seguir a lei e os processos normais em relação aos votos do Michigan no Colégio Eleitoral”, disseram.