Rede adotada por conservadores, Parler volta ao ar após ser removida pela Amazon
A rede social preferida pelos conservadores, a Parler, voltou ao ar nesta segunda-feira (15) com um site reformulado, um mês depois de ter sido suspenso pela Amazon Web Services.
“Fale livremente e expresse-se abertamente, sem medo de ficar ‘desplataformado’ por suas opiniões”, dizia a página inicial de Parler. O conteúdo anterior ao desligamento da Parler não está mais disponível.
Em seu primeiro post na plataforma nesta segunda-feira, a própria conta de Parler deu as boas-vindas aos usuários e disse: “Não seremos cancelados”, seguido por um emoji de um bíceps flexionado.
O retorno do site marca a reabertura da rede social depois de revelações de que alguns dos rebeldes que invadiram o Capitólio, nos Estados Unidos, haviam se organizado na plataforma Parler e, fizeram com que as principais plataformas de tecnologia parassem de fazer negócios com a empresa.
As decisões da Amazon (AMZN), Apple (AAPL) e Google (GOOGL) de não trabalhar com Parler essencialmente cortaram a empresa do acesso à Internet pública. Nas últimas semanas, os visitantes da Parler.com foram recebidos por uma mensagem estática de espaço reservado.
Agora, o serviço parece estar novamente online. Além de ter um logotipo aparentemente redesenhado, o site também contém um link para um novo documento de diretrizes da comunidade que explica que a empresa “não se permitirá ser usada como ferramenta para crimes, atos ilícitos civis ou outros atos ilícitos”.
As diretrizes da comunidade ainda afirmam que a plataforma tentará remover o mínimo possível de conteúdo, mostrando como a empresa está tentando equilibrar sua proposta para os usuários, como um paraíso para o discurso irrestrito.
“Em nenhum caso a Parler decidirá que [conteúdo] será removido ou filtrado, ou cuja conta será removida, com base na opinião expressa no conteúdo em questão”, diz as diretrizes da comunidade.
O documento acrescenta que a Parler espera que os usuários organizem seus próprios feeds usando ferramentas fornecidas pela plataforma, como silenciar ou bloquear usuários e palavras-chave.
Desde que foi removido da plataforma de hospedagem da Amazon Web Services, surgiram dúvidas sobre onde a Parler poderia recorrer para obter suporte de infraestrutura, incluindo hospedagem de domínio e segurança na web.
A CNN relatou anteriormente que a empresa havia contratado DDoS-guard, um provedor de serviços em nuvem com base na Rússia. Essa decisão levou a presidente do Comitê de Supervisão da Câmara a buscar documentos de Parler, sobre seus vínculos com o DDoS.
Agora, em sua versão mais recente, a Parler direciona o tráfego para um endereço de IP vinculado a um provedor de serviços em nuvem, com sede na Califórnia, chamado SkySilk.
A Parler e SkySilk não responderam, até o momento, a um pedido de nota sobre o caso.