A exoneração do secretário Estadual de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, e do secretário-adjunto, Marcelo Cabral, foi publicada no Diário Oficial, neste sábado (13). Eles foram afastados do cargo após denúncia de que servidores do governo de Minas, que não estão na linha de frente do combate à Covid-19, teriam furado fila na vacinação.
A nomeação do substituto, Fábio Baccheretti, também foi publicada na mesma edição. Baccheretti tem 37 anos e estava no cargo de presidência da Fundação Hospitalar de Minas Gerais.
O anúncio do afastamento de Carlos Eduardo Amaral foi feito pelo governador Romeu Zema (Novo) via redes sociais. O governador agradeceu pelo trabalho de Carlos Eduardo Amaral. Ele foi empossado como secretário de Estado de Saúde pouco mais de um mês após o início do mandato de Zema, em fevereiro de 2019.
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais decidiu pela abertura de uma CPI para investigar o caso. Uma lista com nomes de servidores vacinados foi encaminhada à casa, mas o presidente Agostinho Patrus (PV) contestou o documento, que tinha menos nomes do que declarado pelo então Secretário de Estado de Saúde em sabatina na quinta e também não era em papel timbrado.
À tarde, a lista com os 828 nomes chegou à Assembleia e divulgada à imprensa. No documento, 56% dos nomes não estão no Portal da Transparência do governo.
Fábio Bacheretti
Fábio Baccheretti Vitor, de 37 anos, é formado em medicina na Universidade Vale do Rio Verde, em 2010. Baccheretti ingressou, no ano seguinte, no Hospital Júlia Kubitschek (HJK), segundo maior hospital da Rede Fhemig, como clínico plantonista da unidade de emergência.
Cerca de um ano depois, tornou-se coordenador de Plantão e, no ano seguinte, passou a coordenar a Unidade de Emergência. Em 2015, foi convidado a assumir a função de assessor da Gerência Assistencial do mesmo hospital.
Nos três anos em que permaneceu na função, o HJK tornou-se o primeiro hospital da Fhemig a ter um Núcleo Interno de Regulação (NIR). Com isso, os indicadores hospitalares experimentaram melhorias substanciais, de tal forma que atraíram a atenção de outros hospitais de Belo Horizonte, que se espelharam na experiência do HJK para criarem núcleos semelhantes.
Ao longo de sua atuação no HJK, Baccheretti concluiu vários cursos de capacitação ministrados pela própria Fhemig, por meio de sua Coordenação de Educação Permanente (Cedep).
Também em 2015, o médico ingressou no curso de Especialização em Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Hospital Santa Casa de Belo Horizonte, instituição na qual atuava, há um ano e meio, como membro de seu corpo clínico.
Em agosto de 2018, após pouco mais de sete anos de trabalho no HJK, Baccheretti assumiu a função de diretor hospitalar da unidade e, com apenas 11 meses de gestão como diretor geral do HJK, deixou a função para assumir a presidência da Fhemig.
Fonte: G1 Minas