Começaram a ser distribuídas ontem mais de um milhão de doses de vacinas contra a COVID-19 às 28 unidades regionais de saúde (URSs) de Minas Gerais, que encaminham as injeções aos municípios. Os imunizantes, que chegaram na quinta-feira passada na Central da Rede de Frio, localizada no Bairro Gameleira, Região Oeste de Belo Horizonte, fazem parte da 11ª remessa enviada pelo Ministério da Saúde. Esse é o maior lote de vacinas recebido pelo estado mineiro. Ao todo, são 943.400 doses da CoronaVac e 86.750 doses da vacina fabricada pela AstraZeneca/Fiocruz, para serem usadas no avanço da vacinação em Minas.
A expectativa do governo de Minas é utilizar a nova remessa para imunizar idosos entre 65 e 69 anos, ampliar a imunização de profissionais de saúde e iniciar a vacinação dos trabalhadores das forças de segurança. Até então, Minas Gerais já havia recebido 3.641.730 doses de vacinas contra a COVID-19. Com este novo carregamento, o número sobe para 4.658.380 doses de imunizantes. De acordo com o vacinômetro da Secretaria de Estado de Saúde, de janeiro até agora, o estado de Minas teve um total de 1.737.750 de aplicações de primeira dose e 560.090 aplicações de segunda dose dos imunizantes.
Em reunião com o Comitê Gestor Nacional de Enfrentamento da Pandemia de COVID-19, realizada em 26 de março, o governador Romeu Zema (Novo) pediu que os profissionais das forças de segurança, salvamento e Forças Armadas e professores fossem incluídos como prioridade para receber o imunizante no Plano Nacional de Imunização (PNI). Foi determinado que policiais federais, militares, civis e rodoviários, bombeiros e guardas municipais serão vacinados com prioridade a partir da distribuição da 11ª remessa de vacinas contra o coronavírus.
A Secretaria de Estado de Saúde informou que dentro do grupo haverá ainda outros critérios de prioridade: trabalhadores envolvidos no atendimento e transporte de pacientes, resgates e atendimento pré-hospitalar, ações de vacinação contra COVID-19, ações de vigilância das medidas de distanciamento social, com contato direto e constante com o público, independentemente da categoria.
Vacinas nacionais
O gerente-geral de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Gustavo Mendes, afirmou que, até o momento, o órgão regulador não recebeu informações complementares solicitadas aos desenvolvedores das vacinas nacionais candidatas contra a COVID-19 ButanVac e Versamune para que possa avaliar a autorização para início dos testes em humanos. Mendes explicou, em entrevista à rádio CBN, que foram feitas “exigências para as duas empresas porque elas apresentaram dados sobre os estudos que foram feitos, mas não apresentaram propostas de como o estudo em humanos será realizado – como, por exemplo, quantas pessoas vão participar do estudo ou quem vai executar”.
Há duas semanas, o governo de São Paulo e o governo federal anunciaram os dois imunizantes com a promessa de produção integral em solo brasileiro. A ButanVac é desenvolvida pelo Instituto Butantan, enquanto que a Versamune é elaborada por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP). As vacinas aguardam autorização do órgão regulador para que possam iniciar a fase 1 de testes clínicos, que deve apontar a segurança dos imunizantes. (Com agências)
Fonte: Estados De Minas