A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, na última quinta e sexta-feira (22 e 23/4), dois homens, de 28 e 46 anos, e uma mulher, de 47, resultado de duas investigações distintas para apurar golpes de estelionato cometidos em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. As operações foram desencadeadas na capital paulista e em Sorocaba, no mesmo estado.
O homem de 28 anos foi preso em São Paulo (SP), na quinta-feira (22/4), em virtude de mandado de prisão preventiva cumprido na operação Ladon. Ele é suspeito de aplicar o chamado golpe do motoboy, conforme explica a delegada responsável pelas investigações, Carolina de Oliveira Urbano. “Ele teria sido recrutado por outros criminosos, que estamos investigando também, para buscar as vítimas em diferentes estados”, informou a delegada. “Ele ligava para as vítimas, dizendo que o cartão bancário delas havia sido clonado e solicitava os dados financeiros, simulando, com ajuda de um comparsa, orientações da suposta ouvidoria do banco. Em seguida, as vítimas eram informadas que deveriam cortar os cartões, mas mantendo o chip intacto. A partir disso, o suspeito preso comparecia nas residências e arrecadava os cartões, que posteriormente eram recuperados”.
De posse dos cartões e dados bancários, o suspeito realizava diversos saques ou operações com máquinas de débito/crédito. Para tanto, o investigado mantinha uma empresa de vestuário como fachada para as operações criminosas. As investigações indicam que cada uma das duas vítimas do suspeito em Ibirité tiveram um prejuízo de R$ 10 mil. Durante a operação Ladon —referência à figura mitológica do “ladrão” —, foi recuperado R$ 1 mil em dinheiro e apreendidas máquinas de cartão.
A ação policial contou com o apoio operacional da 1ª Delegacia de Polícia Civil em Ibirité.
Fraude
Na quinta-feira (23/4), a equipe da 2ª Delegacia de Polícia Civil em Ibirité, composta por nove policiais civis, seguiu para Sorocaba (SP), onde cumpriram a prisão de um casal investigado desde 2013 por manter uma agência de veículos em Ibirité para transações fraudulentas. “A agência era bem conhecida na cidade, e as vítimas os procuravam confiando os veículos ao casal para revenda. A partir de então, os suspeitos fraudavam cheques e documentos para reter os valores da revenda e não repassavam as vítimas”, explicou a delegada.
Apenas em Ibirité, foram identificadas 60 vítimas do casal, que estava foragido desde a conclusão das investigações. Na cidade paulista, eles também mantinham uma empresa para agenciar veículos. Ambos foram presos em virtude de mandados de prisão preventiva e encaminhados ao sistema prisional.
Fonte: ASCOM – PCMG