A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que investiga as denúncias de vacinação contra covid-19 antecipada de servidores em Minas Gerais ouve, nesta terça-feira (4) a diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da Secretaria de Saúde (SES), Janaína Fonseca Almeida, que revelou detalhes sobre condução do início da vacinação no estado.
De acordo com ela, houve recomendação técnica para que não fosse realizado, em 18 de janeiro, o evento simbólico no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, que marcou o início da vacinação contra covid-19 em Minas.
Janaína revelou que, no dia, as doses que sobraram da embalagem usada para a aplicação sofreram “variação não recomendada de temperatura”, o que pode comprometer a eficácia do imunizante. De acordo com ela, para não desperdiçar, o imunizante foi aplicado em profissionais da rede de frios.
A própria Janaína admite que foi vacinada quando chegou o primeiro lote de vacinas a Minas Gerais.
No depoimento, ela alega, ainda, que a área técnica da secretaria de Saúde chegou a pedir ao gabinete para que a aplicação da vacina nos servidores administrativos fosse feita pela Prefeitura de Belo Horizonte, mas que o gabinete não autorizou. Nomes não foram citados.
Depois de Janaína, será ouvida a ex-assessora de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde.
Fonte: Itatiaia