A Regional de Saúde de Itabira, através do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, realizou nos dias 03 a 05 de maio de 2021, um treinamento sobre soros antipeçonhentos para os 24 municípios da região do Médio Piracicaba. O evento contou coma participação da responsável técnica estadual do Programa de Vigilância e Controle dos Acidentes por animais da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Andréia Kelly Roberto Santos, que abordou conceitos gerais sobre animais peçonhentos, além de apresentar o panorama da situação epidemiológica no estado.
Segundo o Coordenador da Vigilância Epidemiológica, Marcelo Barbosa Mota, a capacitação teve como objetivo reforçar a vigilância epidemiológica dos acidentes por animais peçonhentos na região. As atividades foram divididas em duas etapas, na segunda-feira (03/04) participaram os técnicos municipais de vigilância, os técnicos de digitação do Sinan e os coordenadores. Já na terça (04/05) e na quarta-feira (05/05) as aulas foram direcionadas aos técnicos de vigilância e de digitação no Sinan.
Durante a capacitação foram abordados: Acidentes por animais peçonhentos; Análise de acidentes por animais peçonhentos no estado de Minas Gerais; Análise de acidentes por animais peçonhentos no estado e nos municípios da GRS Itabira (os municípios devem conhecer a realidade municipal para entender onde as coisas devem ser corrigidas ou ajustadas); Como retirar o banco de dados no TabWin; e Análise de dados da Regional em planilha do Excel.
De acordo com Andréia Kelly Roberto Santos, responsável técnica estadual do programa de vigilância de acidentes por animais peçonhentos, embora os acidentes por animais peçonhentos sejam um agravo de alta incidência em todo o país, ele ainda é subnotificado e muitas vezes a notificação não apresenta uma boa qualidade, prejudicando o acompanhamento das ocorrências em cada local.
Diante disso, a Coordenação de Zoonoses e Vigilância de Fatores de Risco Biológicos da SES-MG tem feito capacitações com os técnicos municipais e regionais para apresentar o Programa de Vigilância de Acidentes por Animais Peçonhentos e discutir como devem proceder para avaliar a ocorrência destes acidentes em seus territórios, mostrando quais os tipos de informações e conclusões podem ser obtidas e utilizadas.
“Existem técnicos da vigilância epidemiológica nos municípios que ainda não conhecem os detalhes da vigilância dos acidentes por animais peçonhentos e não sabe como fazer a análise das fichas de notificação, isso impossibilita a avaliação das mesmas e a obtenção de informações que levem a definições de ações de prevenção e controle da ocorrência deste agravo”, explicou Andréia.
Animais peçonhentos
Animais peçonhentos são reconhecidos como aqueles que produzem ou modificam algum veneno e possuem um aparato para injetá-lo na sua presa ou predador. Os principais animais peçonhentos que causam acidentes no Brasil são algumas espécies de serpentes, escorpiões, aranhas, mariposas e suas larvas, abelhas, formigas e vespas, besouros, lacraias, peixes e águas-vivas e caravelas, entre outros.