A decisão do governo de Minas de autorizar o retorno presencial das aulas para cidades que estão na Onda Vermelha, do programa Minas Consciente, desagradou entidades que representam professores. Diretor do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Paulo Henrique Fonseca opina.
“Os pais, as famílias, não devem enviar os estudantes às escolas neste momento da pandemia”, avaliou. De acordo com ele, “as escolas estaduais e os professores vão avaliar qual o enfrentamento necessário para preservação de vidas da comodidade escolar.”
Paulo se diz surpreso com a decisão do governo. “Surpreendentemente, o governo estadual admite o retorno presenciais em Onda Vermelha, que é uma classificação de risco que ele mesmo criou. É impressionante que já no mês de julho não haja prudência”, avaliou.
O Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro) tem o mesmo pensamento. Presidente da entidade, Valéria Morato afirma receber “diariamente” denúncias sobre “quebra de protocolos, sobre contaminações e notícias de falecimento de professores da rede privada”.
“Entendemos que o retorno presencial na rede estadual é uma medida imprudente, porque estimulará a aglomeração e colocará em risco a vida de milhares de mineiros, entre trabalhadores em educação, alunos e pais”, analisa.
Por fim, segundo Morato, a categoria defende o retorno seguro das atividades quando “todos os profissionais da educação tiverem sido devidamente vacinados com duas doses”. O que deve acontecer até agosto, segundo respondeu à reportagem o governo de Minas. Conforme o estado, 367.612 trabalhadores da educação receberam a primeira dose contra covid-19.
Para justificar a autorização para que escolas, localizadas em cidades que estão na Onda Vermelha, voltem a funcionar presencialmente, o governo de Minas alega ter sido feita “análise criteriosa” da situação epidemiológica em Minas. É citada queda de 22% da incidência da covid-19 nas últimas duas semanas.
Fonte: Itatiaia