Chegou
– Pressão para quem vem de onde o Gabriel Jesus veio, e tudo que ele superou, acho que não existe. Ele faz o que ama. E, quando eu falei que para mim o Gabriel Jesus é o novo Ronaldo, eu não estava brincando. Eles têm qualidades similares, vontades similares, vai ser um dos grandes jogadores do futebol. Já é um dos grandes e vai ser maior. Está em boas mãos no City e na Seleção – disse Daniel Alves, que concedeu entrevista coletiva na véspera do amistoso ao lado de Tite.
Um pouco antes, Daniel Alves foi questionado se há algum arrependimento por parte do lateral por ter escolhido defender o PSG após receber um convite de Guardiola para defender o Manchester City. Ele despistou na resposta.
– Vou pedir respeito a tudo que aconteceu e falar só da seleção brasileira, senão voltamos sempre à mesma coisa. Não é momento de falar de outra coisa além da Seleção e do jogo que temos contra a seleção inglesa. Vou me limitar a isso. Desculpa.
Na coletiva, o lateral-direito, que foi o responsável pelo voto de melhor do mundo na premiação da Fifa (papel que cabe ao capitão oficial), se disse feliz por usar a braçadeira mais uma vez, mas minimizou a importância desse papel dentro do grupo.
– Acredito que, devido à experiência do professor, não focar a responsabilidade em apenas um atleta. Acreditamos que todos têm a mesma importância, independentemente de quem seja o capitão. É importante que cada um assuma sua responsabilidade. É evidente que é sempre um prazer usar a braçadeira, pelo que ela representa. É especial, mas não me sinto mais importante por ser capitão – completou o lateral.
Até aqui, em 16 jogos sob comando do técnico, o Brasil teve 14 capitães diferentes. Só não receberam a faixa ainda, entre aqueles que começarão jogando no Wembley, o goleiro Alisson e o atacante Gabriel Jesus. Tite já disse que tem a intenção de manter o revezamento na Copa do Mundo. Segundo o técnico, ele serve para espalhar o senso de responsabilidade por todo o grupo.
Daniel Alves irá enfrentar a Inglaterra (o adversário inglês no qual mais enfrentou em 105 jogos pela Seleção) pela quinta vez na carreira, a terceira em Wembley – uma foi em Doha, no Catar, e outra em amistoso na véspera da Copa das Confederações de 2013, na reabertura do Maracanã. Com uma derrota e um empate no lendário estádio, o lateral-direito prega respeito ao adversário desta terça.
– É muito especial pisar em templos do futebol, Wembley é um deles. Nós respeitamos a história da seleção que enfrentamos. Não são apenas os nomes, mas a história. Independentemente dos jogadores que estarão em campo, a seleção inglesa é de grande respeito pela história no futebol, é assim que nos preparamos e vamos enfrentá-los.
Por fim, o novo capitão da seleção brasileira falou sobre o primeiro duelo contra um adversário europeu desde que Tite assumiu o comando da equipe.
– Não é tão diferente do que estamos acostumados a enfrentar. Os adversários sul-americanos e de outros continentes são tão difíceis quanto esse, mas para diversificar adversários, entender a forma de outras escolas. Você tem que enfrentá-los, mas não é mais difícil nem mais fácil. São testes que servem de preparação para nossa Seleção, nosso fortalecimento é sempre tentar melhorar.
Globo Esporte