O Brasil está eliminado do futebol feminino na Olimpíada de Tóquio. Na manhã desta sexta-feira (30/07) (horário de Brasília), pelas quartas de final, a Seleção Brasileira foi derrotada para o Canadá nos pênaltis após empate por 0 a 0 no tempo normal e deu adeus ao sonho do ouro olímpico.
O Canadá, em busca da terceira medalha em olimpíadas — levou o bronze em Londres-2012 e no Rio-2016 —, enfrentará, na semifinal, o vencedor do duelo Estados Unidos x Holanda; decisão que será disputada às 8h desta sexta-feira.
O Brasil, dono de duas pratas em Atenas-2004 e Pequim-2008, repetiu a campanha de Londres ao ser eliminado antes das semifinais e ficar fora da disputa pelo bronze pela segunda vez.
O jogo marcou um duelo particular entre Marta e Christine Sinclair. As duas são concorrentes diretas na briga pela artilharia geral do futebol feminino olímpico. O recorde pertence à brasileira Cristiane, com 14 gols. Como nenhuma das duas balançou as redes, Marta continua com 13, e Sinclair com 12
Equilíbrio
Equilíbrio definiu o duelo. As equipes alternavam o controle da partida: o Brasil teve mais controle da posse de bola, enquanto o Canadá apostou em transições rápidas. Com linhas altas, o Brasil pressionou a saída de bola canadense. E a equipe da América do Norte sentiu. Desconfortável com a situação, o Canadá errava nas saídas de bola.
Assim saiu a melhor chance de gol do Brasil no primeiro tempo. Aos 40 minutos, Debinha aproveitou o erro da zagueira Gilles e roubou a bola. A atacante brasileira entrou na área e saiu cara a cara com a goleira Labbé, mas desperdiçou a oportunidade.
O jogo de estudo e poucas oportunidades se manteve no início da etapa complementar. As brasileiras davam mostras do brilho técnico em jogadas individuais, mas esbarravam na sólida e bem postada defesa canadense.
As bolas paradas apareceram como opções no jogo, especialmente para o Canadá, que quase marcou aos 13 com Gilles de cabeça. A bola explodiu no travessão. Nos acréscimos da segunda etapa, o Brasil quase fez com Ludmila, que saiu cara a cara com a goleira Labbé. Na hora da finalização, a atacante brasileira foi surpreendida pela zagueira do time adversário que deu um carrinho e travou o chute.
O desgaste físico deixou a partida mais aberta na prorrogação. Espaços surgiram, principalmente pelas pontas. Contudo, as equipes não conseguiram converter em gol. A melhor chance de gol foi do Brasil. Aos 12 minutos do segundo tempo da prorrogação, a goleira Labbé salvou o Canadá em bela cabeçada de Érika.