O deputado estadual Bernardo Mucida endureceu o tom do seu discurso durante a reunião da Assembleia de Minas na tarde desta quinta-feira (02/09) e voltou a cobrar do Governo Federal obras emergenciais nos acessos à Belo Horizonte, pela BR-381. O pronunciamento ocorreu após a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) aprovar o edital de concessão para iniciativa privada da rodovia.
O edital garante à empresa concessionária a iniciar a duplicação do trecho que abrange a entrada e a saída de Belo Horizonte, cerca de 15 km de pista nos dois sentidos, dois anos após a assinatura do contrato, com previsão de conclusão nos seis anos seguintes. Ou seja, as obras de melhoria do acesso poderão ser concluídas em 2030, o que foi condenado por Bernardo Mucida. Segundo ele, antes da duplicação da BR iniciar, é necessário a realização de obras emergenciais na entrada e na saída da capital, para acabar com um dos maiores gargalos da BR-381.
“São 15km impeditivos, que gastamos mais de uma hora para trafegar. É inaceitável um estado do tamanho de Minas, uma cidade como Belo Horizonte e uma região metropolitana tão rica e próspera, que as pessoas não tenham o direito de ir e vir, porque é isso que está acontecendo. Eu passo ali de duas a três vezes por semana e são várias as vezes que eu tenho que utilizar desvios, que às vezes passam por estradas de terra, porque a BR simplesmente não flui, as pessoas gastam em média uma hora ou uma hora e meia para andar 12 km, o que é um absurdo”, discursou.
Bernardo Mucida tem cobrado urgência nas obras de acesso à capital, não só pela segurança e fluidez do trânsito. Devido ao alto número de veículos que trafegam pela rodovia diariamente, o deputado entende que a economia também será impactada de forma positiva, a partir do momento que os motoristas e caminhoneiros deixam de gastar horas a mais em uma viagem que poderia ser mais rápida.
“Não é algo complicado de resolver, basta um pouco de boa vontade e um investimento, que não é tão grande assim, para que a gente consiga esperar até que a duplicação venha. Mas o que não podemos admitir calado é que temos que ficar uma década como trânsito desta parte do estado desta maneira”, defendeu o deputado.