A Corte Suprema de Apelação da África do Sul aumentou a pena do campeão paralímpico Oscar Pistorius para 13 anos e cinco meses de prisão pelo assassinato de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp. A nova pena foi anunciada pelo juiz Willie Seriti nesta sexta-feira (24).
Em julho de 2016, ele tinha sido condenado a seis anos de reclusão, pena inferior aos 15 anos pedidos pela promotoria. Por isso, os promotores recorreram da decisão.
Em agosto, a agência Reuters noticiou que o ex-atleta foi levado ao hospital com ferimentos nos pulsos. O porta-voz do Departamento de Serviços Correcionais, Manelisi Wolela, declarou que Pistorius negou especulações de que tenha tentado suicídio.
Na madrugada entre 13 e 14 fevereiro de 2013, Pistorius matou a namorada com quatro tiros de pistola 9 mm em sua casa em Pretória. Ele afirma que atirou por acreditar que do outro lado da porta do banheiro, onde estava Reeva Steenkamp quando foi atingida, escondia-se um ladrão.
Durante uma das audiências que antecederam a sua primeira condenação, ele chegou a retirar as próteses no tribunal. O advogado afirmou que Pistorius não usava as próteses no momento em que atirou. A estratégia da defesa foi mostrar um homem, com medo, que disparou na tentativa de proteger um ente querido, segundo a CNN.
O psicólogo Jonatahn Scholtz afirmou que Pistorius sofre de depressão, tem sintomas de transtornos pós-traumáticos e de ansiedade.
Famoso por também ter competido nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, antes dos Jogos Paralímpicos, o atleta conhecido como “Blade Runner” por suas próteses de fibra de carbono continua em liberdade, mas esgotou todas as possibilidades de recursos judiciais.