Morreu, na última sexta-feira (29), a adolescente de 12 anos que estava internada com um quadro de raiva em uma Unidade de Terapia-Intensiva (UTI). Conforme nota da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), ela teve uma piora nos sintomas e não ressistiu à doença. Segundo o Ministério da Saúde, em quase 100% dos casos, a enfermidade é fatal.
A confirmação do óbito ocorreu nesta segunda-feira (2). Três pessoas já morreram devivo à enfermidade no Estado na área rural de Bertópolis, na região do Vale do Mucuri. Os casos estão relacionados à mordedura de morcego. Mais um caso suspeito é investigado, conforme a pasta.
Análise
O quarto caso suspeito é de uma menina, de 11 anos, que apresentou sintomas inespecíficos como febre e cefaleia. Devido ao parentesco com o segundo caso confirmado, ela foi encaminhada para o hospital de referência, onde foram coletadas amostras laboratoriais.
A paciente segue em leito clínico, estável e em observação, onde aguarda o resultado dos exames, conforme a SES-MG.
Ações da SES-MG
No domingo (24), foram enviadas à Unidade Regional de Saúde de Teófilo Otoni mais doses de vacinas antirrábica humana para completar o esquema vacinal da comunidade rural de Bertópolis, local de ocorrência dos casos.
Até o último dia 28, 982 pessoas das 1.037 da comunidade rural do município de Bertópolis já haviam sido vacinadas com a primeira dose da vacina contra a raiva humana.
Outras 802 pessoas já tomaram a segunda dose, observando-se um intervalo de até sete dias. Na comunidade rural do município vizinho, Santa Helena de Minas, das 989 pessoas que residem no local, 593 foram vacinadas com a primeira dose.
A SES-MG já havia fornecido vacina e soro antirrábico humano para a vacinação da população exposta e também vacina antirrábica animal para vacinação de cães e gatos da zona rural de Bertópolis.
Na quinta-feira (21), uma equipe técnica do Nível Central da SES-MG e da Unidade Regional de Saúde de Teófilo Otoni se deslocou para a região para apoiar na investigação epidemiológica dos casos suspeitos e confirmados de raiva humana e também auxiliar nas medidas de prevenção e controle, dentre elas; a vacinação da população da área e avaliação de ações de prevenção e controle da raiva para área.
Com a chegada da equipe ao local, também foi possível identificar e notificar o caso suspeito registrado em 21/04/2022.
A pasta ressalta que, assim que foi notificada do primeiro caso suspeito, adotou medidas imediatas e contínuas de prevenção e controle da raiva na localidade.
Fonte: O TEMPO