A definição dos valores e a formatação para repactuação do acordo sobre o rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, pode ser finalizado nesta quarta-feira (24), no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília. A reunião estava marcada para esta terça-feira (23), mas foi adiada.
Devem participar da reunião o ministro Luiz fux que preside o CNJ, representantes das mineradores Samarco, Vale e BHP Billinton, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), e o Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).
A tragédia de Mariana, em 2015, matou 19 pessoas e impactou em dezenas de cidades mineiras e capixabas, na bacia do Rio Doce, no que é considerado como o maior desastre ambiental do país.
Repactuação
O CNJ atua como mediador no acordo entre a Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton, com participação do governo federal e do governo de de Minas e do Espírito Santo.
Em maio de 2016, o Ministério Público moveu uma ação contra as três mineradoras e calculou os prejuízos da tragédia em R$ 155 milhões. A tramitação do processo foi suspensa para tentativas de renegociação do acordo.
As negociações foram iniciadas a partir de um pedido da 12ª Vara Federal de Minas Gerais, assinado pelo juiz Mário de Paula Júnior, responsável pela maioria dos processos ligados á tragédia de Mariana.
Em março de 2021, o juiz Mário de Paula Júnior pediu que o CNJ instaurasse a mediação entre todas as partes envolvidas para um acordo.
Fonte: Hoje Em Dia