Após sofrer um suposto trote na república em que morava, um estudante da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) foi levado em estado grave para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade histórica, que fica na região Central do Estado.
Diante do quadro de saúde do estudante, o médico responsável pelo atendimento acionou a Polícia Militar para registrar um boletim de ocorrência.
O caso aconteceu em 5 de agosto com Ayrton Carlos Almeida Veras, de 23 anos, que residia na república Sinagoga.
A Polícia Civil instaurou procedimento investigatório e segue apurando as informações. A Ufop vai apurar o caso em âmbito administrativo.
Aos militares, amigos de Ayrton, também moradores da república, contaram que o estudante faz uso de medicação controlada e consumia bebida alcóolica regularmente. E que esta não foi a primeira vez que ele precisou ser socorrido.
Em nota, a Sinagoga informou que tomou conhecimento do acontecido mas que “as alegações do jornal local e as acusações contra a organização são graves”.
Segundo a república, “as alegações são inverídicas e foram publicadas de forma irresponsável pelo jornal, que não se incumbiu de verificar a realidade dos fatos, reproduzindo deliberadamente acusações sem respaldo probatório” como se fossem verídicas.
A organização estudantil disse ainda que repudia veementemente a prática de trotes e quaisquer abusos na comunidade acadêmica, “reiterando seu compromisso com as regras institucionais do sistema republicano”. E que medidas cabíveis já estão sendo tomadas para esclarecer os fatos.
De acordo com a Ufop, a denúncia do trote chegou até a ouvidoria da universidade e que o estudante foi encaminhado para acolhimento pela equipe técnica de moradia e da área de assistência social. Além disso, teria sido aberto um “processo administrativo disciplinar discente”.
A instituição ressaltou que o trote é proibido dentro das dependências acadêmicas e que as apurações sobre o caso já estão ocorrendo.
Segundo a Ufop, a prática de trote pode implicar em penalidades de advertência, suspensão ou desligamento dos estudantes envolvidos.
Ainda conforma a unievrsidade, as denúncias devem ser realizadas pelos canais oficiais da ouvidoria. Para que seja aberto um processo administrativo, estudantes e servidores devem enviar a denúncia pela plataforma Fala.BR.
Fonte: Hoje Em Dia