A melhora gradual da atividade econômica, a desaceleração da inflação e a redução dos juros e do custo do crédito levaram a confiança do empresariado do setor de comércio a crescer 10,6% em novembro deste ano, em relação ao mesmo mês de 2016. Na comparação com outubro deste ano, o aumento foi de 1,9%.
Os dados são do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgado hoje (30).
Por causa da melhora dos indicadores no comércio, a CNC projeta crescimento de 4,3% no volume de vendas do varejo neste Natal, o primeiro aumento no período desde 2014.
Para a assessora econômica da CNC, Juliana Serapio, a melhora da economia e redução da inflação e dos juros “vêm beneficiando o poder de compra das famílias e impulsionando aos poucos as vendas do comércio.”
Curto
Com relação às expectativas dos empresários do comércio para este ano, os dados divulgados pela CNC mostram que o Índice de Expectativas do Empresário do Comércio em novembro subiu 1,5% em relação a outubro e 1,4% na comparação com novembro de 2016.
“As perspectivas no curto prazo em relação ao desempenho do comércio e da própria empresa melhoraram relativamente em comparação com novembro de 2016. Já as perspectivas quanto às evoluções da economia tiveram um ligeiro aumento de 0,1%”, informa a entidade.
Na avaliação de 82,8% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos próximos seis meses. Em outubro, esse percentual havia alcançado 80,7% e, em setembro, 78,4%.
Intenção de investimento
A CNC também destacou que os preparativos para as festas de fim de ano têm impacto positivo no subíndice que mede as intenções de investimento do comércio. Em novembro, esse subíndice aumentou 0,7%, na comparação com outubro.
Na comparação anual, o subíndice teve aumento de 9,5%. A alta foi incrementada pela intenção de contratar, que subiu 7,7%; pela de investir na empresa (18,9%) e em estoques (4,2%).
Para 27,4% dos comerciantes consultados pela CNC em novembro, o nível dos estoques está acima do que esperavam vender, proporção menor do que a apontada em outubro (27,8%). Já o percentual que indica insatisfação quanto ao nível dos estoques tem reduzido e converge mês após mês para a média histórica do indicador, que é de 25%.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) detecta as tendências do setor, do ponto de vista do empresário. A amostra é composta por aproximadamente 6 mil empresas de todas as capitais do país. (Da Agência Brasil)