A camisa 10 do Santos, eternizada por Pelé, não será mais usada pelo clube a partir de janeiro. A ideia é de aposentar o número, assim como é feito por clube da NBA, como uma forma de homenagem a um dos maiores jogadores da história, que faleceu na última quinta-feira (29).
A informação foi confirmada pelo presidente Andres Rueda na manhã desta sexta-feira (30), que explicou a ideia: “A gente vai propor para o Conselho que se aposente a camisa 10. Isso tem um trâmite burocrático, reunião de Conselho, aprovação… Enquanto isso, por um ato administrativo, a gente não vai mais utilizar a camisa 10 a partir de janeiro, esperando que vire uma decisão definitiva do nosso Conselho”.
De acordo com Rueda, a família de Pelé fez um pedido ao clube para aposentar a histórica camisa, mas entende que se trata de uma decisão divida. Para alguns membros, a utilização da camisa é uma forma de homenagem e de manter a imagem de Pelé mais próxima do clube.
“Eu particularmente sempre fui favorável. Acho que é uma excelente homenagem. Agora, porque isso não foi colocado antes… A opinião dos sócios é meio dividida, tem uma parte que quer que a camisa seja aposentada e outra grande parte não quer, que o fato dela estar presente vai sempre trazer a lembrança de que o Pelé está junto com o time jogando”, explicou Rueda, presidente do Santos e membro do Conselho.
Em entrevista concedida ao canal Camisa 21, no Youtube, ao ser perguntado sobre o assunto, Pelé afirmou que prefere ver o número em campo pelo Santos. “É melhor deixar a camisa 10, por que assim ninguém vai esquecer”, explicou.
Homenagens no Brasil
O ato de aposentar um número em um clube é uma forma de homenagem muito comum em esportes americanos como basquete e futebol americano. No futebol brasileiro existem poucos exemplos parecidos.
No Avaí, a camisa 88 não é mais utilizada após o falecimento de Cléber Santana na queda do avião da Chapecoense, que terminou com 71 mortos. O jogador é ídolo do clube catarinense e recebeu essa homenagem após o acidente.
O Palmeiras também optou por não levar a campo a camisa 12 em homenagem ao goleiro Marcos. Porém, em função de restrições da Conmebol, o clube é obrigado registrar o número.
O ex-atacante Romário também está envolvido em dois casos de ‘números aposentados’. No Vasco, clube em que é ídolo, a camisa 11 deixou de ser utilizada por um período, mas não é mais o caso. Já no América-RJ, seu clube de coração e onde atuou no fim da carreira, o mesmo número não é mais usado em campo.
Fonte: Rádio Itatiaia