A mineradora Vale começou a descaracterizar mais uma barragem construída a montante, mesmo método que gerou o rompimento da estrutura da mina do Córrego do Feijão, em janeiro de 2019, deixando 270 mortos em Brumadinho, na Grande BH. Segundo a empresa, o objetivo é evitar que novas tragédias aconteçam.
A descaracterização do Dique 2 do Sistema Pontal na mina Cauê, em Itabira, na região Central, começou nessa quinta-feira (16) e está prevista para terminar ainda em março. É 13ª barragem a ser descaracterizada. Ao todo, 40 estruturas desse tipo passarão pelo processo de descaracterização, de acordo com a mineradora.
Atraso
O processo de mudança nas estruturas começou em 2019, com a Lei Mar de Lama Nunca Mais, que determinou três anos de prazo para que foram realizadas as descaracterizações das barragens a montante em Minas. Porém, as mineradoras não conseguiram cumprir o prazo e formalizaram um acordo com o Ministério Público do Estado (MPMG) e com o governo estadual para ampliar a data.
Segundo a Vale, as obras são complexas, trazem riscos e, por isso, as soluções são customizadas para cada estrutura. “O processo é realizado de forma cautelosa, tendo como prioridade, sempre, a segurança das pessoas, a redução dos riscos e os cuidados com o meio ambiente”.
Com a descaracterização do Dique 2, metade das 10 barragens feitas a montante em Itabira já foram eliminadas.
*Por Portal Hoje em Dia